SRIJ Apresenta Primeiro Relatório Sobre a Actividade do Jogo Online em Portugal

O Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos (SRIJ) apresentou o primeiro relatório sobre a actividade do Jogo Online em Portugal e arranca com 27 páginas de informação sobre o mercado viu a sua primeira licença ser emitida no dia  25 de Maio de 2016.

 

“Este é o primeiro Relatório apresentado, que, embora reportado ao 1º trimestre de 2017, reflete também os dados relativos aos dois últimos trimestres de 2016, permitindo, assim, uma análise dinâmica, porque é comparativa destes três trimestres e da evolução verificada.”

 

O SRIJ diz ainda que os dados disponíveis são escassos, porque reflectem um período relativamente reduzido, pelo que não é possível produzir análises muito densificadas e conclusivas, mas apenas dar a conhecer alguns elementos e tendências preliminares que serão validados pelos resultados futuros.

 

Ainda que as análises possam não ser muito densas, são indicativas de algo que se espera ver resolvido com a passagem à prática do acordo assinado para partilha de liquidez com Espanha, França e Itália.

 

Passando por cima da análise dos números das Apostas Online (podem ser vistas no .pdf abaixo), passamos a analisar a performance dos Jogos de Fortuna ou Azar onde se inserem o poker, nas vertentes de cash game e torneio.

 

O poker num todo representa 32.72% deste “bolo”, a vertente de torneios atrai 9.03% dos jogadores e os cash games 23,69%.

 

 

No que ao número de jogadores diz respeito torna-se complicado ter certezas, uma vez que o poker inscreve os seus jogadores na mesma rubrica que o Bacará ponto e banca/Bacará ponto e banca Macau, Blackjack/21, Jogos de máquinas, Roleta americana e Roleta francesa.

 

Ainda assim, desde a data de emissão da primeira licença até 31 de Março de 2017 foram 523.000 os jogadores que se registaram nas quatro entidades que detêm licença. O número de registos cresceu até ao final do quarto trimestre de 2016 e está a cair em 2017.

 

“Nos primeiros meses de exploração do jogo online e até 30 de setembro de 2016 registaram-se cerca de 144 mil jogadores. Este número foi expressivamente ultrapassado no 4º trimestre de

2016, período no qual se registaram cerca de 267,5 mil novos jogadores, o que corresponde a um aumento de 86%. No total, em 31 de dezembro de 2016 estavam registados 411,4 mil jogadores.”

 

“Durante o 1º trimestre de 2017, o crescimento do número de novos jogadores registados abrandou significativamente face ao verificado no trimestre imediatamente anterior, tendo-se verificado, no entanto, um acréscimo de 27,2% (isto é, 112 mil novos jogadores).”

 

 

 

Como seria de prever as faixas etárias onde os jogos online são mais populares são as mais baixas e o grosso dos jogadores tem entre 25 e 34 anos.

 

 

 

A análise por área geográfica mostra que existe uma maior concentração de jogadores no litoral do país e nos grandes centros urbanos, nomeadamente nas áreas metropolitanas do Porto e de Lisboa.

Mais de 50% dos jogadores registados residem nos distritos do Porto, Lisboa e de Braga, com predominância para os dois primeiros (21,5% e 19,8%, respectivamente).

 

Os jogadores residentes nos distritos de Aveiro e Setúbal representam em conjunto mais de 15% do total de jogadores. Portalegre é o distrito que apresenta o menor número de jogadores registados (menos de 1%).

 

 

 

Os dados apresentados reflectem os números de quatro entidades licenciadas para explorar jogos de fortuna ou azar.

 

“A emissão da primeira licença para a exploração daquela categoria de jogos ocorreu em 25 de julho de 2016. Desde essa data e até 31 de março de 2017 a receita bruta obtida pelas entidades exploradoras foi superior a 25,1 milhões de euros.”

 

 

“Considerando os dados referentes a 2016, verificou-se que a receita bruta das entidades exploradoras ascendeu a 11,2 milhões de euros, valor que resulta principalmente da atividade

desenvolvida durante o 4º trimestre de 2016, que ultrapassou os 9,3 milhões de euros.”

 

 

 

No 1º trimestre de 2017, a receita bruta foi superior a 13,9 milhões de euros, registando-se um crescimento de quase 50% relativamente ao último trimestre de 2016, que se traduziu em cerca de mais 4,6 milhões de euros.

 

Todavia, entre janeiro e março de 2017, observou-se a diminuição da receita bruta das entidades exploradoras a uma média mensal de 11,4%. Assim, o valor de 5,3 milhões de euros apurado em janeiro reduziu-se em mais de 1 milhão de euros comparativamente ao registado nos dois meses seguintes (4,3 e 4,2 milhões de euros, respetivamente).