'A maior preocupação neste momento não pode ser a de voltar a uma 'clandestinidade' de onde se quis remover o jogo online' - Paulo Almeida

Fomos todos apanhados de surpresa com as declarações de António Costa à SIC Notícias, mostrando-se a favor de um monopólio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, no que diz respeito ao mercado de jogo.

Uma das pessoas com quem conseguimos falar para obter reações às palavras do Secretário Geral do PS, foi Paulo Almeida deputado do CDS-PP e Presidente da Distrital de Coimbra do mesmo partido.

A preocupação demonstrada pelo líder do PS parece-me, com o devido respeito, que não tem qualquer fundamento, pois também este governo se mostrou sensível aos interesses da Santa Casa e por isso manteve o exclusivo das apostas físicas e hípicas.

Por outro lado, a Santa Casa é livre de concorrer a uma licença do jogo online, num regime em que se optou por um modelo aberto, sem concessão de exclusivos e de acordo com as melhores práticas que vêm sendo adoptadas noutros países europeus, para além das recomendações da Comissão Europeia em matéria de jogo online.

A maior preocupação neste momento não pode ser a de voltar a uma “clandestinidade” de onde se quis remover o jogo online com a aprovação deste diploma. A preocupação neste momento deverá ser pressionar a Comissão Europeia a pronunciar-se sobre os regulamentos que já tem na sua posse, pois deles já foi notificada, para finalmente tudo poder estar em pleno funcionamento.

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