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Casinos negoceiam concessões com o governo

Segundo noticia o Económico, os casinos em Portugal entraram no ano novo à mesa com o governo em busca de uma revisão dos actuais contractos de concessão. A fonte parece ser Manuel Violas, presidente do grupo Solverde, que aborda também a questão do jogo online.
 
A principal novidade no artigo é a mais recente reunião entre o governo de António Costa e as concessionárias do jogo de fortuna e azar, que pretendem ver revistos os contractos de jogo das zonas da Póvoa de Varzim, Espinho, Algarve e Figueira da Foz, de forma a que sejam actualizados tendo em conta a realidade da economia portuguesa. Mais especificamente está em causa o valor mínimo de receitas brutas com a actividade do jogo, que é actualizado anualmente de acordo com a inflação.
 
Este valor mínimo tem uma influência grande nas contrapartidas dos casinos em direcção ao Estado e o argumento é de que a recessão económica sentida no país tem afectado as ditas zonas de jogo e as receitas têm sido abaixo do "mínimo".
 
Em cima da mesa, mas com menos destaque no artigo e talvez nas prioridades dos casinos, esteve também o tema do jogo online. É já antigo o argumento de tentar expandir a exclusividade dos jogos em território nacional para o contexto online, havendo mesmo acções em tribunal em defesa deste tipo de interesses. Segundo o empresário, "há, pelo menos, uma abertura do novo Governo" para a negociação, palavras que esperemos que venham com o optimismo exacerbado, e natural de quem está a puxar a brasa à sua sardinha.
 
Ainda sobre o mundo do online, o grupo Estoril-Sol alegou, no seu último relatório de contas, que "a sua [operadores online] base de clientes, factor determinante para garantir o sucesso deste negócio" foi construída nos últimos anos e como tal "as actuais concessionárias de jogo em pouco, ou nada, poderão vir a benefeciar" da nova regulamentação.
 
Sabemos que os casinos já se candidataram, como sabemos, a licenças junto do Turismo de Portugal, embora Violas veja o online como "um complemento que obrigatoriamente temos de ter, para que os nossos clientes não se desviem para a concorrência. Esperamos é não ter prejuízo".
 
O artigo do Económico revela pouco, ou nada de novo. Apenas que os casinos já meteram mãos à obra em 2016 e fazem pressão sobre o governo para a revisão do número sobre o qual pagam anualmente, no mínimo, e dando mais um fogacho na sebastianista posição sobre a exclusividade e sua expansão para o mundo online.
 
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