November 9 2015: Federico Butteroni, o italiano canguru
Foi na Austrália que o italiano Federico Butteroni redescobriu a sua paixão pelo poker, jogo que tinha sido a sua profissão durante 3 anos, mas do qual decidiu afastar-se por estar esgotado.
Butteroni será o segundo italiano a chegar à mesa final do Main Event das World Series of Poker (formato November 9), depois de Filippo Candio. Jogador que foi o 4º classificado em 2010 e recebeu $3,092,545. Butteroni terá de lutar arduamente para suplantar o feito de Candio, já que chega à mesa final com a stack mais curta.
Com 25 anos de idade, este jogador natural de Roma, começou a jogar poker quando tinha 18 anos, depois de ficar fascinado com o jogo que via na televisão.
Comecei a aprender o jogo ao ver vídeos das mesas finais dos EPT's e WSOP. Comecei a gostar mesmo muito, e decidi comprar alguns livros, incluindo o Little Blue Book do Phil Gordon. Era espantoso. Aprendi mesmo muito.
Pouco depois de Butteroni começar a ser regular nas mesas online, o mercado italiano passou a ser regulado e de fronteiras fechadas:
O mercado não era muito grande, mas os jogadores que ficaram eram fracos pois não sabiam muito do jogo. Era muito fácil jogar, porque os amadores apenas procuravam jogar poker e o field era muito soft.
Em 2010 assumiu o poker como a sua profissão, passando também a frequentar as mesas de cash do Casino de Campione. Apesar de continuar a jogar online, as mesas ao vivo de €2/€5 eram nesta altura o seu principal rendimento. E foi assim durante 3 anos até que ficou esgotado de tanto jogar:
Estava cansado de jogar poker. Acho que o poker é um jogo lindo, mas se não consegues encontrar o equilíbrio ideal, por vezes podes perder-te. No geral, a pausa ajudou-me a crescer como pessoa.
Durante essa pausa, Butteroni decidiu viajar até ao outro lado do globo, e juntamente com uns amigos, mudou-se para a Austrália onde arranjou trabalho numa pizzaria, apesar de não falar inglês.
Nunca tinha trabalhado antes de me tornar profissional de poker, por isso nunca me tinha esforçado para ter dinheiro. É claro que o poker é um trabalho a sério, mas por vezes perdes o contacto com a realidade, e o valor do dinheiro. Esta experiência de trabalho ajudou-me a colocar a cabeça no sítio.
Quando já se safava a falar inglês, e depois de meses a trabalhar na pizzaria, Butteroni decidiu ir até ao Crown Casino de Melbourne, matar o bichinho do poker ao vivo. Durante o verão de 2014 a sua experiência foi muito bem sucedida tanto nas mesas de cash, como nos torneios, onde conseguiu 3 mesas finais (incluindo dois 2º's).
Pouco depois e com o visto de permanência na Austrália a expirar, Butteroni teve de tomar nova decisão na sua vida: iria à procura de novo emprego, ou voltaria a assumir o poker a tempo inteiro?
A resposta foi como agora sabemos a segunda, e neste regresso Butteroni conseguiu os seus melhores resultados e nem é preciso falar desta mesa final. No primeiro torneio WSOP que jogou, o evento #28 - Monster Stack, Butteroni foi o 20º classificado e recebeu $45,633. Ganhou um torneio de $235 dos Rio Daily DeepStacks (prémio de $31,756), e conseguiu mais dois ITM's nas WSOP, sem falar na mesa final do Main Event.
Este será de longe o melhor resultado na sua carreira, mesmo que se fique pelos $1,001,020 reservados para o 9º classificado.
- Lugar 1: Zvi Stern - 29,800,000
- Lugar 2: Pierre Neuville - 21,075,000
- Lugar 3: Joshua Beckley - 10,800,000
- Lugar 4: Max Steinberg - 20,200,000
- Lugar 5: Thomas Cannuli - 12,250,000
- Lugar 6: Joe McKeehen - 64,100,000
- Lugar 7: Patrick Chan - 6,225,000
- Lugar 8: Federico Butteroni - 6,200,000
- Lugar 9: Neil Blumenfield - 22,000,000
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