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Porque é que Johnny Lodden não gosta de acordos?

O acordo ou deal, é algo habitual nos torneios com prizepools elevados, e que servem para reduzir a discrepância de prémios entre as primeiras posições. O Team PokerStars Pro norueguês é contra os acordos, porque segundo ele, estes retiram a estratégia da mesa final.

Num texto publicado no Blog da PokerStars, eis a explicação detalhada de Lodden:

Acordo na mesa final? Não, obrigado

Jogo com alguma regularidade o Super Tuesday da PokerStars. É o torneio semanal de $1,050 No-limit Hold'em que nos últimos tempos não pára de crescer. É um grande torneio, e os vencedores recebem agora mais de $100,000 quase todas as semanas.

Com o prizepool tão grande, os acordos na mesa final não são incomuns. Há umas semanas num Super Tuesday, dois jogadores que estavam no heads-up interromperam o torneio para discutir um possível acordo. Um deles fez uma sugestão divertida, em que essencialmente ofereceu ao outro jogador o prémio correspondente apenas ao segundo lugar, em vez de uma divisão do dinheiro restante.

Foi o brianm15 que fez a oferta ao Palau777, e a troca de palavras foi bem divertida (podem ver a conversa aqui). O torneio pagava $113,778 ao primeiro e $83,377 ao segundo, e o brianm15 estava a oferecer $84,000 ao Palau777 (e ficava $6,000 em jogo para o vencedor). Os dois são bons jogadores e tenho quase a certeza que estavam a brincar com a situação, ao falarem destes números. Acontece que não fizeram acordo e o Palau777 acabou por ganhar.

As pessoas que fazem acordos no Super Tuesday, normalmente sabem como negociar quando é chegada a altura de discutir um acordo, mas às vezes noutros torneios vês jogadores que não estão tão familiarizados com isso e que acabam por aceitar acordos que não são os melhores.

Lembro-me de há uns 2 anos, chegar aos 3 últimos de um Sunday Warm-Up e os outros dois finalistas não tinham muita experiência em torneios de buy-ins mais elevados. Falamos de um acordo por uns instantes, e quando chegamos a acordo eu tinha de longe a stack mais curta, mas acabei por sacar mais dinheiro no acordo. Acho que fiquei com $7,000 de cada um dos outros jogadores. Esse torneio também é memorável para mim porque o joguei com a minha filha recém nascida ao colo.

No entanto geralmente não gosto de acordos. Quando um acordo é feito, retira muita da estratégia da mesa final. Está toda a gente preocupada com os pagamentos e os saltos nos prémios de posição para posição, e desde cedo consegues ver na mesa final quem está assustado e quer fazer fold até garantir uma posição superior e quem não está assustado. Por isso sinto que tenho maior vantagem a jogar, já que sem o acordo consigo pressionar os jogadores que têm receiro de arriscar e melhoro as minhas possibilidades de chegar mais longe.

Para mim, o acordo também retira um pouco da diversão. Retiram o factor risco. Quando consigo finalmente chegar à mesa final de um toneio, quero ganhar e apreciar o prazer de o conseguir. E também estou disposto a suportar a dor de não sair vencedor.

Na EPT Grand Final em Monte Carlo na primavera passada não fizemos acordo, e a pressão era intensa porque os prémios saltavam de €467.000 para €842.000 e depois para €1.224.000, nos últimos 3 lugares. Mas nenhum de nós - Andrew Paintling, Steve O'Dwyer e eu - teve receio de arriscar, e assim apesar de não ter terminado da melhor forma para mim (fiquei em 3º), ainda assim foi uma grande experiência e uma grande disputa.

Se não estivesse a jogar contra aqueles dois, teria conseguido aplicar mais pressão no final por causa dos enormes saltos nos prémios. Mas na maior parte dos casos, até nos EPT's, quando chegas aos últimos 3, 4, há sempre um jogador que vai ficar afectado pelos saltos e vai jogar de forma diferente. Esses saltos nos prémios não interessam se o acordo for alcançado.

Como costumo dizer, sou normalmente a favor de se jogar. Vamos arriscar!

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