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Tribunal obriga Paddy Power a pagar jackpot de £1 Milhão

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Um caso que remonta a Outubro de 2020, no qual a Paddy Power recusou pagar um jackpot de £1 milhão alegando que o valor apareceu por erro na sua sala online, foi agora decidido pelo Tribunal em favor da jogadora.

A jogar o Wild Hatter do casino online da Paddy Power, Corrine Durber recebeu a mensagem que tinha ganho o "Monster Jackpot" de £1.097.132,71. Contudo, foi surpreendida pela negativa quando a sala transferiu apenas £20.265,14 para a sua conta. Sala que a avisou que a imagem exposta tinha sido um erro, e que na verdade o prémio ganho era o "Daily Jackpot".

Segundo a PPB Entertainment Limited, empresa que gere a Paddy Power e a Betfair, o random number generator do jogo tinha atribuído o jackpot menor, mas que por erro foi mostrado o jackpot superior.

A jogadora não se ficou e decidiu recorrer aos tribunais, alegando que a sala estava em incumprimento e que tinha direito ao valor total de Monster Jackpot.

O caso foi ontem a tribunal e após um julgamento sumário foi decidido que a senhora Durber tinha razão e por isso deveria receber o prémio inicialmente anunciado na sua totalidade.

O juíz Andrew Ritchie do British High Court disse o seguinte para explicar a sua decisão:

Quando uma empresa coloca todo o risco no consumidor pela sua imprudência, negligência, serviços digitais inadequados e testes inadequados, para mim parece-me um comportamento oneroso.

Numa sentença de 62 páginas pode ainda ler-se que: "objectivamente, os clientes querem e esperam que o que lhes é mostrado no écran é preciso e correcto. A mesma expectativa aplica-se quando os clientes vão a um casino físico e jogam a roleta. Eles esperam que a casa pague se eles apostaram no número 13 e a bola acabar no número 13".

Ainda de acordo com o juíz, a diferença entre o prémio atribuído pelo random number generator e o que apareceu no écran da jogadora, resulta de erro humano na criação do software.

Um porta-voz da empresa reagiu dizendo que "o nosso objetivo é sempre de proporcionar a melhor experiência possível ao cliente e orgulhamo-nos de sermos justos. Lamentamos profundamente este caso infeliz e vamos rever esta decisão".

Já a senhora Durber mostrou-se "aliviada e feliz. Mas porque é que a Paddy Power não pagou de imediato em vez de me obrigar a passar por esta tormenta legal?"

À porta do tribunal, Corrine Durber teve tempo para brindar com o marido e o advogado, Peter Coyle.

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*fotos PA Media