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"Trabalhei todos estes anos para momentos destes" - Filipe Oliveira após ganhar o Main Event Caribbean Poker Party

Após conseguir o maior feito do poker nacional, de sempre, recebendo um prémio de $1,500,000, a calma de Filipe Oliveira chamou a atenção de todos.

E foi precisamente por aí que começou a sua entrevista, após o final do torneio:

É muito bom! Não sei explicar. Trabalhei todos estes anos para momentos destes. Tento não ficar demasiado feliz, pois não fico triste quando perco.

A entrevistadora perguntou a Zagazaur como tinha sido disputar esta mesa final com a companhia de um amigo, referindo-se a Diogo phounder Veiga (6º classificado):

Ele é muito duro, foi muito difícil jogar contra ele porque ele joga bem e ao mesmo tempo de uma forma diferente. Foi muito complicado porque nunca sei o que ele está a fazer, foi muito difícil para mim tê-lo à minha esquerda.

Fiquei um pouco feliz quando ele foi eliminado, porque passei a ter mais probabilidades de ganhar.

O trajecto de Zagazaur neste último dia não foi nada fácil, e chegou a ter apenas 3 blinds, quando restavam 6 jogadores.

Tive muita sorte, não há outra forma de o dizer. Tinha 3 big blinds e meia, depois tripliquei, dobrei, voltei a dobrar. E quando já só estávamos 3, era o chipleader.

Tive muita sorte durante todo o trajecto. Foi muito fixe.

Na questão seguinte a entrevistadora perguntou a Zagazaur quando é que sentiu que podia ganhar o torneio:

Quando chegamos ao heads-up fiquei muito contente. O meu adversário (Craig Mason) jogou muito bem até então, mas senti que tinha vantagem em heads-up.

Foi uma mesa final muito dura, o tipo que saiu em 9º (Anton Wigg) era muito, muito bom. O 4º (Pascal Hartmann) também era muito bom. Nesse aspecto tive sorte.

Nunca senti o momentum a mudar, tentei jogar mão a mão. Foi basicamente isso.

Uma das jogadas da mesa final, já no heads-up, foi um bluff de Zagazaur com 42 contra KJ e 26AK na board. Ao comentar esta mão, e sorrindo Zagazaur disse:

Também não tenho a certeza que tenha sido bem jogado. Achei que com o meu sizing ele nunca teria Ás Rei, não tinha a certeza se ele tinha Senas. Bloqueei Ás Duque, pensei que ele pudesse ter Ás Duque offsuit, e isso era importante. E com o meu sizing no turn, achei que ele podia fazer fold a um Ás, e definitivamente faria fold a tudo o resto.

Não havia flush draw, por isso apostei 350.000.000, não me recordo em quanto o pot estava, acho que 300.000.000. Era um movimento que resultaria 50% das vezes, e neste caso pensei que resultaria mais de 50% das vezes. Basicamente foi isso que me passou pela cabeça.

A mesa final contou com 5 nacionalidades, sendo que apenas os Estados Unidos e Portugal tinham mais que um jogador. Como se sentiu Zagazaur a representar Portugal e os jogadores portugueses?

Não é que sinta que tenho essa responsabilidade, de representar todo um país, mas é sempre bom. Acho que somos muito, muito bons e devíamos ter tido mais sorte no passado. Pessoalmente acho que estamos abaixo do nosso EV. Acho que vão ouvir mais de nós.

A entrevista terminou com os desejos da entrevistadora em regressar a Portugal, e com as fotos da praxe, onde Zagazaur teve a companhia de Diogo Veiga, Michel Dattani e Nuno Capucho.

*fotos Pokernews/partypoker