Clubes de jogo de Paris receiam ter de fechar as portas no final do ano

A actual crise política que se vive em França e a inacção governamental nos últimos anos, pode obrigar os clubes de jogo de Paris a fecharem as portas no final do ano. Encerramento que a acontecer se espera seja de curta duração.

Este é um imbróglio que resulta de um período experimental que nunca passou a efectivo, uma vez que é este estatuto de experimental que os clubes de jogo da capital francesa têm desde Janeiro de 2018. Então, uma lei permitiu a atribuição de uma licença experimental durante o período de três anos. No final de 2021 foi concedida uma extensão de mais um ano, e depois foi concedida uma segunda extensão até 31 de Dezembro de 2024.

Durante estes 7 anos, os sucessivos governos não voltaram a legislar sobre a necessidade de tornar efectivo o até agora carácter provisório destas salas perante o regime fiscal.

Esperava-se que pelo menos fosse concedida nova extensão ao estatuto actual de excepção dos clubes, mas a queda do governo gaulês deixou este processo estagnado e como tal os donos dos clubes receiam que uma actividade que emprega mais de 1.200 pessoas, se veja obrigada a encerrar ainda que temporariamente.

Grégory Rabuel, director geral do grupo Barrière reagiu da seguinte forma: "a notícia é um choque para nós. A situação é inédita e insana. Centenas de empregos estão ameaçados. Pedimos ao futuro governo que encontre um solução o mais rápido possível."

Segundo o Club Barrière "os clubes de jogo empregam directamente mais de 1.200 pessoas e trazem 50 milhões de euros todos os anos às arcas públicas. Realizam missões de interesse público, lutando activamente contra a proliferação de círculos de jogo clandestinos. Nos Champs Élysées, o Club Barrière emprega 200 pessoas e recebe mais de 200.000 visitantes por ano".