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Santa Casa volta atrás e decide apostar no jogo online

Pedro Santana Lopes, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, anunciou ontem que a instituição vai mesmo avançar para o jogo online. Uma intenção que contraria a postura inicial dos seus responsáveis.

Este novo rumo foi anunciado por Pedro Santana Lopes durante a apresentação do relatório e contas de 2015:

Decidimos entrar na exploração do jogo online. Estão a reunir-se as condições para que isso seja possível.

Em 2015 a Santa Casa beneficiou de um aumento de 19% dos seus "jogos sociais", num total de 2.240 milhões:

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) vai avançar para o negócio do jogo online. O anúncio foi feito ontem pelo provedor da instituição, Pedro Santana Lopes, e vem contrariar uma decisão no ano passado, altura em que SCML tinha decidido não se candidatar a uma licença para exploração das apostas desportivas online.

Ontem, na apresentação do relatório e contas da instituição, relativo a 2015, Santana Lopes foi claro: "Decidimos entrar na exploração do jogo online. Estão a reunir-se as condições para que isso seja possível." A SCML prepara-se para pedir "a licença para a exploração do online a que temos direito", nas palavras de Santana. A Santa Casa deverá juntar-se, assim, às onze candidaturas que já foram apresentadas para atribuição de licenças de jogo online (ainda nenhuma foi deferida).

A entidade que explora os jogos sociais viu as vendas subirem 19% no ano passado, ultrapassando pela primeira vez os 2000 milhões de euros. Mais precisamente, as vendas de Euromilhões, Joker, Totobola e Totoloto, lotarias Clássica e Popular, Raspadinha e Placard renderam à SCML 2240 milhões. Só a lotaria instantânea - ou seja, as raspadinhas - rendeu 1,1 mil milhões, um aumento de 55% em relação ao ano anterior. O ano passado fica, aliás, marcado pela inversão de lugares entre o Euromilhões e a Raspadinha nas preferências dos portugueses: esta última representou 49,2% do total de vendas dos jogos sociais do Estado, enquanto o Euromilhões representou 36,6%.

De acordo com os números avançados pela Santa Casa, 97% do valor das receitas obtidas com a venda dos jogos sociais foi "devolvido à sociedade". Sobretudo sob a forma de prémios, num valor total que ultrapassou 1,2 mil milhões de euros. "Só o Euromilhões contribuiu com cinco primeiros prémios em território português, num valor aproximado de 320 milhões de euros", adianta a SCML. Desde o lançamento deste jogo, em 2004, foram atribuídos em Portugal 58 primeiros prémios do Euromilhões.

Em 2015, a Santa Casa apresentou um resultado positivo de 5,8 milhões de euros. Na apresentação das contas, que decorreu no Convento de São Pedro de Alcântara, em Lisboa, Santana Lopes fez questão de destacar que a instituição apresenta resultados positivos apesar de 2015 ter sido um ano em que as "solicitações aumentaram muitíssimo". Além do crescimento das vendas dos jogos sociais, a SCML contou com um aumento acentuado das receitas provenientes do património da instituição, nomeadamente com o arrendamento. O que não se traduz, garantiu o provedor da Santa Casa, em "falta de sensibilidade social, porque a atualização das rendas foi feita em função das possibilidades de cada um". O arrendamento a turistas também já entra nas receitas da Misericórdia de Lisboa, mas, segundo Santana, sem expressão relevante.

in DN

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