'Não me repugna que haja outras instituições' - António Costa falou do jogo online no Porto Canal
O líder do Partido Socialista e candidato às eleições do próximo dia 4 de Outubro, António Costa, foi o convidado de Júlio Magalhães na Grande Entrevista do Porto Canal. Sobre o jogo online clarificou o que tinha dito anteriormente.
Em Agosto, António Costa esteve na SIC Notícias, e numa fase de perguntas dos diversos jornalistas do canal, deu uma resposta que provocou grande celeuma na comunidade de jogo nacional:
Eu acho que nós devemos concentrar os jogos de fortuna e azar onde têm estado concentrados. Designadamente o financiamento da Santa Casa da Misericórdia, é muito importante como destinatário dessa forma de angariação de receitas, para a sua aplicação para obras sociais e obras de natureza cultural.
Mas de facto acho que não é prioritário o financiamento dos clubes e acho que a concentração dessas formas de angariação de receita, para financiar a cultura, a acção social e o turismo, acho que se deve manter.
O tema voltou a ser levantado por Júlio Magalhães, que leu a seguinte pergunta feita no Facebook a António Costa:
Defende que as apostas online estejam todas sob a alçada da Santa Casa da Misericórdia? Não acha esta medida castradora?
O líder socialista tratou de esclarecer que o que queria dizer aquando da sua presença na SIC Notícias, era sobre o destino das receitas:
Creio que isso resulta de uma resposta que eu dei a propósito de uma pergunta, que era saber se as apostas online deviam servir para financiar clubes de futebol. Eu disse que achava que os recursos das apostas deviam manter-se orientadas para fins de natureza social, natureza cultural, de valorização do património. Dei como exemplo a Santa Casa da Misericórdia, mas não me repugna que haja outras instituições.
Agora sinceramente, para financiar clubes de futebol, não tenho nada contra o futebol, sou grande adepto de futebol. Seria politicamente errado dizer mas digo, sou como toda a gente sabe, sou obviamente adepto do Benfica, mas acho que os clubes de futebol têm de viver por si e não viver a partir destas formas de jogo cujo montante deve procurar-se ser canalizado para satisfazer necessidades de âmbito social, cultural e em particular a defesa do património.
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