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Vilotte reforça que a partilha de liquidez é 'crucial para o futuro do poker'

O ex-presidente da autoridade reguladora do jogo em França (ARJEL) - Jean-François Vilotte, voltou a reforçar a necessidade de uma partilha de liquidez para a sobrevivência do poker online, não só em França, mas também nos outros mercados regulados.

"Uma liquidez partilhada e uma maior oferta de jogos, é crucial para o futuro do poker, tanto em França como nos outros países", disse Vilotte numa entrevista a Giovanni Angioni da PokerNews.

Vilotte, que tem mestrado em Direito, foi presidente da ARJEL durante 3 anos, sendo o presidente em funções quando o mercado francês regulado abriu as suas portas, nesse mesmo ano de 2010. Em Dezembro passado apresentou a sua demissão do cargo, para ir trabalhar para o sector privado.

Na entrevista, Vilotte rebateu as declarações de Razzy Hammadi, principal impulsionador do movimento que levou a Assembleia francesa a recusar a partilha do mercado de poker online. Hammadi tinha dito que a causa da descida dos números do poker em território gaulês, era porque o poker tinha deixado de ser moda. Vilotte respondeu assim:

Deixa que diga que considero que essa não é uma análise muito precisa. É verdade que no que diz respeito aos números, podemos ver uma descida no número de jogadores em França, mas isto deve-se ao facto de os melhores jogadores estarem ou a sair do país ou a jogarem em sites ilegais.

A crise está a atingir os sites legais e não o jogo de poker em si. Muitos jogadores não têm interesse nas mesas nacionais, mas procuram uma maior liquidez, e com isto em mente penso que a oferta deve adaptar-se ao que os jogadores pedem e desejam. Se não o fizermos, eles vão ter sempre a tentação de procurar noutro lado os jogos de poker mais lucrativos.

Também é verdade que a crise financeira também tem um pequeno impacto na quebra, e o poker também deixou de ser uma novidade, e por isso o interesse não é tão elevado como já foi. Ainda assim, se objectivos como a flexibilidade e a partilha de liquidez forem alcançados, existe uma boa possibilidade do mercado de poker começar a subir no futuro próximo.

Sobre o elevado imposto cobrado aos operadores a trabalharem no mercado francês, imposto que cobra 2% de todos os potes, Vilotte disse o seguinte:

Como ARJEL, nós propusemos várias alterações ao sistema fiscal aplicado ao jogo online, mas o governo achou que a seguir as nossas ideias iria baixar as receitas fiscais. Nós acreditamos no oposto.

Vilotte parecia compreender as necessidades dos jogadores e operadores para criar um mercado francês de poker online mais saudável, mas já não preside à ARJEL. Aos jogadores franceses cabe a única esperança que os políticos voltem atrás na questão da partilha de liquidez, caso contrário as receitas do mercado de jogo continuarão a descer. De 2012 para 2013 as receitas de poker desceram 13%.

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