Vida diferente para os grinders de Las Vegas
Apesar das reticências de Donald Trump, diversas cidades norte-americanas aplicaram a quarentena, sendo Las Vegas uma dessas cidades. A capital do poker mundial, onde residem milhares de jogadores, tem todos os seus casinos fechados, por isso fica a dúvida: como será o novo dia a dia dos grinders de Las Vegas?
O Las Vegas Review Journal falou com 3 jogadores, que tinham nas mesas ao vivo o seu ganha pão, e que agora estão confinados a casa.
Num país onde o poker online só é legal no estado de New Jersey, Pennsylvania, Delaware e Nevada, a oferta não se compara com o que os grinders de Las Vegas estavam habituados a encontrar nas mesas ao vivo. Especialmente em termos de dificuldade dos oponentes.
Benton Blakeman, jogador de 38 anos profissional desde 2004, diz que a skill necessária para ser vencedor numa mesa ao vivo de $2/$5 ($1,000 de buy-in), só chega para triunfar numa mesa online de $0.50-$1 (buy-in de $100). Por isso mesmo está a jogar 6 mesas de $0.50-$1 em simultâneo, mas que nem isso o cativa:
Passar de jogar $2/$5 no Wynn para jogar numa app estúpida no telemóvel, é algo que não consigo fazer. Não consigo levar o jogo a sério. Não parece dinheiro de verdade.
O artigo menciona ainda Chris Konvalinka e Andrew Neeme, sendo que o primeiro (21 anos), diz que tem andado a jogar jogos de computador e que provavelmente "vou hibernar por uns tempos".
O terceiro jogador com destaque no artigo é Andrew Neeme, cujos videoblogs são ocasionalmente partilhados aqui no PokerPT.com. Aos 40 anos, Neeme é não só um jogador de poker, mas também um youtuber de sucesso, tendo mais de 141.000 subscritores. E vê nesta fase, uma oportunidade para descansar do jogo e acima de tudo da criação de conteúdos:
Não há desculpas para não fazer uma pausa neste momento.
Para Neeme, esta fase de quarentena não deverá ser tão dura para os profissionais de poker como para o resto dos cidadãos, porque um jogador responsável deve ter reservas de dinheiro, até porque está habituado a meses no vermelho.
Abordado sobre o futuro do poker em Las Vegas, para Neeme tudo dependerá das directivas das autoridades:
É muito difícil de prever. Tudo depende das regras impostas. Se eles disserem que o risco é mínimo, acho que as pessoas vão voltar de imediato... Mas as mesas de poker podem demorar bastante tempo para revitalizar.
Já Blakeman não está tão optimista, até porque prevê que no início as mesas fiquem cheias de profissionais:
Não sou entusiasta de voltar às mesas para jogar apenas contra adversários que fazem disto profissão, esperando que apareçam um ou dois turistas.
Konvalinka apesar de se ter sentido desanimado, quando na semana passada atravessou uma Strip vazia, mantém uma perspectiva mais optimista:
Acho que os casinos vão abrir e as salas de poker também vão abrir. Mesmo que isso não aconteça, prefiro acreditar que é o que se vai passar. O que é que pode acontecer de bom, quando se espera o pior?
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