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'Os torneios com re-entries não são o poker verdadeiro', quem o diz é Barry Greenstein

Barry Greenstein

É um dos debates eternos do poker, a adulteração que os rebuys e re-entries provocam nos torneios de poker, reduzindo as probabilidades de sucesso dos jogadores de bancas mais curtas. Algo que afasta alguns jogadores, e é sobre as re-entries que Barry Greenstein escreve o seu último texto.

No blog da PokerStars, aquele que é conhecido como o Robin dos Bosques explica porque é que tem vindo a jogar cada vez menos torneios ao vivo. Tudo anda há volta de re-entries para Barry Greenstein:

Duas ideias sobre torneios

Joguei apenas cinco torneios este ano, nomeadamente o Main Event do PCA, o Main Event do Aussie Millions, os torneios principais do WPT no Commerce Casino e Bay 101, e o Main Event do EPT Monte Carlo. Não cheguei aos prémios em nenhum desses eventos e apesar de existirem diversos grandes torneios na costa Este dos Estados Unidos e na Europa, escolhi ficar mais perto de casa e jogar muitos cash games ao vivo. Hoje em dia muitos main events têm re-entries ilimitados e não sou particularmente fã disso. Não digo que esses torneios com re-entry sejam maus para os torneios de poker, pois permitem que as pessoas possam jogar com distintos níveis de custo, mas simplesmente não gosto deles de um ponto de vista competitivo.

De certa forma, os torneios com re-entries não são o poker verdadeiro. Eu penso num torneio de poker como uma competição onde a premissa é igual para todos. Contudo, nos eventos com re-entry, os jogadores com bolsos mais fundos podem disparar várias balas e ter assim maiores hipóteses de chegar à mesa final do que aqueles jogadores que só pagam uma entrada. Se quisesse um terreno desigual, sentava-me numa mesa de cash, onde alguns jogadores estão confortáveis com as blinds e outros estão apenas a tentar a sua sorte. Nos torneios, sempre esperei que qualquer um tivesse acesso. Os jogadores de bancas mais curtas podiam ganhar a sua entrada através de satélites e ainda assim sentir que tinham a mesma possibilidade de ganhar o torneio. É uma das coisas que eu realmente gosto do poker, e o que faz dele um jogo para todos os homens. Todos têm a oportunidade de jogar com os melhores do mundo e às vezes, ficar à frente deles.

Se eu decidisse jogar um torneio de re-entry e quissesse competir com todos para tentar ganhar, o melhor era estar preparado para disparar cinco ou até 10 entradas. Se para mim o dinheiro não fosse importante, acho que podia fazer isso, mas nesta altura o dinheiro é importante para mim. E mesmo que pudesse fazê-lo, deixa-me a pensar - é esta a forma correcta de jogar poker? O que é que estou a fazer simplesmente gastando entradas, jogando de uma forma que normalmente não jogaria, apenas para tentar conseguir agarrar muitas fichas? Isto não é jogar poker na sua forma mais efectiva; isto é tentar chegar ao lugar mais alto da tabela de uma forma mais efectiva.

Outra ideia que me ocorreu sobre os torneios é que realmente não o considero um torneio se tiver menos de 100 entradas. Sempre pensei em torneios como uma forma de pegar numa pequena quantia de dinheiro e transformá-la numa boa maquia, talvez umas 50 ou 100 vezes o buy-in. Se o torneio tem menos de 100 entradas, o montante que potencialmente podes ganhar quando comparado com o buy-in não é assim tão grande. Pode ser sempre um montante que podias obter numa mesa de cash com o mesmo nível de perícia ou mesma fortuna nas cartas. Também creio que a All Time Money List não devia contar os torneios com menos de 100 entradas. Não é algo egoísta - aliás prejudicar-me-ia. Ganhei torneios com menos de 100 jogadores, onde se destaca um prémio de $1 milhão, num torneio de seven-card stud de $125,000 de buy-in em que o vencedor ficava com o dinheiro todo.

Diverti-me bastante no EPT Monte Carlo, mas agora estou de volta a Los Angeles, a jogar cash games até partir para as World Series of Poker. As WSOP estão a apenas uma semana de distância (começam a 27 de Maio), e pretendo jogar entre 20 a 25 torneios este ano. Espero ver-vos por lá.

Barry Greenstein e as re-entries nos MTTs

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