PokerPT.com

Actualidade/

O meu poker boom 2.0

Solverde.pt

€100 bónus+ 25 Free Spins + €30 em Freebets

Se houve algo que a 54ª edição das World Series Of Poker me ensinou é que muitos anos depois as séries voltaram a ter um parceiro online oficial a sério. Quando digo a sério não estou a menosprezar o trabalho feito pelos anteriores parceiros mas parece-me estranho, até mesmo no ano que em que a suposta dona da marca WSOP era o parceiro oficial, que os satélites online fossem tão esquecidos.

Se este ano foi ano de recorde, batido de forma categórica, de certeza que os 744 lugares ocupados por vencedores de satélites online na GGPoker tiveram influência. Por todo lado vejo peças parecidas com esta onde toda a gente se coloca em bicos de pés e fala num Poker Boom 2.0, que estes números são sinónimo de uma nova era, que estes números são tudo e ao mesmo tempo pouco ou nada os analisam.

Na minha humilde opinião, baseada em quase 15 anos de trabalho na indústria e outras tantas viagens até à sin city, o que mudou foi a forma de abordar a vertente online. Foi passar a usar um software/rede actual, sem grandes problemas de ligação e/ou outros afins, e a vontade de fazer mais e melhor de forma constante.

Um amigo que ganha uma entrada com direito a hotel que leva outro de forma gratuita e que com essa ajuda ameniza o "peso" de um buy-in de $10.000. Claro que este tecto amigo não justifica nem pode justificar por si só os números alcançados, mas ajuda, ai se ajuda.

Já vamos na segunda metade do ano e poker online nos Estados Unidos da América ganha mercados "quase todos os dias", o bichinho voltou a mexer por terras do Tio Sam e para além das salas ilegais que sempre permitiram e permitem jogar online nos EUA, os mercados regulados e a sua publicidade têm atraído jogadores adormecidos e mostram aos jovens (acima de 21 anos) todo o glamour de ganhar um torneio de poker ao vivo em Las Vegas.

Se existe um boom, é o boom do poker online nos EUA e de outros mercados que se vão cimentando diariamente nos rankings. Outrora russos, agora brasileiros, também eles ajudam a justificar o boom, não se pode falar "à vontade no Horseshoe", a probabilidade de estar um brasileiro na imediações é gigantesca.

Os canadianos continuam no segundo lugar no que a número de entradas diz respeito mas os nossos "irmãos" do outro lado do Atlântico estão cada vez mais a chegar-se à frente em quantidade e qualidade, este ano foram 4 as braceletes conquistadas e nem sempre pelos nomes mais esperados como é o caso de Yuri Martins.

Enquanto uns já surfam a onda do 2.0 em Portugal estamos a precisar encontrar o zero do um, só depois podemos almejar a mais e melhor, primeiro dentro de portas e depois no palco dos palcos. Com isto não digo que não estejamos a um nível altíssimo, estamos e que não existam quaisquer tipo de dúvidas, só precisamos democratizar ou massificar os números.