Nova opinião do DOJ diz que jogo online é ilegal nos Estados Unidos
Daniel Fidalgo
16/01/2019
17:29
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É o grande destaque das notícias internacionais e a grande expetativa em torno da mesma não é para menos. O Departamento de Justiça (DOJ - Department of Justice) dos Estados Unidos deu nova opinião sobre o "Wire Act", lei americana que data de 1961 e que agora restringe, não só as apostas desportivas, mas também todas as formas de jogo online.
Esta nova decisão reverte a mais recente opinião dada sobre esta lei em 2011, que dizia que esta lei era apenas aplicada a apostas desportivas. Assim, todos os jogos online entre Estados estão proibidos, inclusive as famosas "Ligas Fantasia Desportivas" que são muito populares nos E.U.A..
O impacto desta nova decisão pode ser devastador para a recém liquidez partilhada no poker praticada entre os estados de Nevada, Delaware e New Jersey, que pode ver os seus jogos online confinados novamente a estados segregados. Quando se pensava que o sentido do jogo online nos Estados Unidos era o da unificação do jogo (e poker) entre estados com o jogo regulamentado, agora esta decisão poderá deixar muitos operadores com os seus investimentos suspensos.
O 888 será um dos operadores que deverá querer ir para a barra dos tribunais tentar reverter esta nova decisão, uma vez que a sua rede de poker é a principal beneficiária da partilha liquidez entre estados e recentemente fez novos investimentos no país. Só ontem, o grupo perdeu 7,5% em bolsa.
Segundo o DOJ, os operadores têm agora 90 dias para se ajustar à nova decisão e só depois tomarão medidas em conformidade com a lei. Este é o período normal para que a nova lei seja colocada em prática.
O facto de a lei datar de 1961, quando ainda nem existia internet torna esta decisão motivo de discussão e de muitas criticas. O ex-congressista Ron Paul escreveu no New York Daily News que a nova opinião do DOJ é "um dos exemplos mais descarados de capitalismo e compadrio" e um "presente de agradecimento" a Sheldon Adelson, que desde 2011 tenta reverter a opinião sobre o "Wire Act".
