Di María investigado por jogar poker em sites ilegais, ligados ao escândalo das apostas em Itália

No seguimento do escândalo das apostas, autoridades italianas investigam agora jogadores, como Di María, por jogarem poker nessas salas ilegais.
Este processo teve o seu ponto alto com o descobrimento do envolvimento dos futebolistas Nicolo Fagioli e Sandro Tonali num esquema fraudulento de apostas desportivas em jogos de futebol. Jogadores a que foram aplicadas pesadas multas, Tonali foi castigado com 10 meses de suspensão, enquanto que Fagioli foi suspenso por sete meses (pena mais curta por ter colaborado com as autoridades).
As autoridades italianas não deram o caso por encerrado e segundo se pode ler no Corriere dela Sera de hoje, investigam agora mais 20 desportistas, entre os quais se inclui Angel Di María. Os factos remontam ao período em que o agora jogador do Benfica, representava a Juventus.
O ministério público chegou aos nomes hoje revelados, através das conversas que encontraram nos telemóveis de Tonali, Fagioli e de Tommaso De Giacomo. Este último um dos operadores dos sites de jogo ilegal.
Segundo a investigação, Di María e os restantes jogadores jogaram poker online nos sites ilegais. Aproveitando as longas horas dos estágios, Di Maria e os restantes nomes, jogavam poker em mesas privadas protegidas por senhas.
Estes clientes VIP tinham acesso aos sites com saldo providenciado pelos operadores, uma dívida que depois os jogadores tinham de saldar através de um esquema que envolvia uma ourivesaria de luxo. De acordo com a investigação, os jogadores "adquiriam" relógios de luxo, com a devida factura, mas o artigo comprado ficava na loja. Servindo apenas para passar o dinheiro das suas contas para as contas dos donos das salas de jogo online ilegais.
O grupo composto pelos futebolistas Angel Di María, Nicoló Zaniolo, Mattia Perin, Weston McKennie, Leandro Paredes, Raoul Bellanova, Samuele Ricci, Cristian Buonaiuto, Matteo Cancellieri, Junior Firpo, o tenista Matteo Gigante, e outras 10 pessoas, enfrenta penas leves, já que são acusados apenas de jogar poker num site ilegal.
A multa prevista para estes casos na legislação italiana é de €500, mas se os envolvidos decidirem pagar de forma voluntária, o valor baixa para metade. Mais grave pode ser a resposta da Federação Italiana de Futebol, cujo comité de disciplina vai agora analisar nestes casos.
Como se pode ler no Corriere, os sites ilegais mais procurados por este grupo eram o Betsport22.com, Swapbet365.eu, Vipsport360.com e Texinho.com. Sites administrados por Tommaso De Giacomo e Frizzera.