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Dallas revogou licenças dos clubes de poker locais

Apenas meses depois de abrirem portas, Dallas revogou licenças dos clubes de poker locais. Clubes que receberam uma licença da própria câmara meses antes.

Este volte face surge impulsionado pela conselheira municipal Cara Mendelsohn, que afirma que segunda a lei do estado do Texas, os clubes de poker são ilegais.

Os clubes Shuffle 214 e Texas Card House continuam abertos, mesmo depois de terem recebido as cartas de revogação por parte dos inspectores municipais no final do passado mês de Dezembro. Salas que vão recorrer desta decisão, até porque dizem que foram sempre claros sobre a actividade a implementar nos locais, durante o processo de licenciamento que durou mais de dois anos e meio. Período durante o qual tiveram diversas reuniões com conselheiros municipais, procuradores da cidade, responsáveis pelo planeamento, polícia e até com representantes da vizinhança.

Para não se enquadrar na categoria de locais de jogo, o que é proibido pela lei estatal 47.04, os clubes de poker não cobram rake. Os clubes funcionam como clubes sociais, que cobram uma mensalidade aos seus membros. Membros que depois têm de pagar uma taxa específica por hora para jogar.

Ryan Crow, CEO e dono da Texas Card House Dallas, comentou assim esta decisão da câmara em declarações ao site CardsChat:

Mesmo que não saibam nada sobre poker, a maior parte das pessoas concordará que o que nos estão a fazer é errado. Não é ético.

Quando nos instalamos aqui, não o fizemos às escondidas, e eles deram-nos a licença.

Após o processo de licenciamento, que implicou o contacto com diversas entidades locais "eu estava no céu, porque nunca tinha visto tanto envolvimento de uma cidade. Colaboraram muito connosco. Se me perguntasses há 6 meses, eu diria que Dallas tinha sido a cidade onde foi mais fácil dialogar e que mais apoiou o nosso negócio. E agora isto, fiquei espantado."

Os problemas da legalidade do poker no Texas, podiam ter sido resolvidos em 2018, quando foi pedido ao procurador geral do estado que clarificasse a lei de jogo. O que o procurador recusou fazer, deixando assim a cada cidade a possibilidade de interpretar a lei à sua maneira.

Crow que também é sócio da Texas Card House de Austin, diz-se agora mais preocupado com o que possa acontecer no resto do estado, depois desta decisão da cidade de Dallas.

Para ser honesto, há 6 meses não tinha qualquer preocupação sobre a possibilidade de isto acontecer no Dallas. Neste momento parece ser algo isolado apenas aquela cidade, mas nunca se sabe. Se for julgado que Dallas nos pode encerrar, será que as outras cidades vão sentir a necessidade de repensar este assunto?