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Controlar o Pote por Paul Wasicka

Controlar o Pote por Paul Wasicka

Controlar o Pote por Paul Wasicka:

Um dos aspectos mais críticos para sobreviver – e triunfar - em torneios com grandes stacks é aprender como controlar o tamanho dos potes que vocês jogam. Resumindo, o vosso objectivo deveria ser jogar grandes potes quando temos grandes mãos e pequenos potes quando não as temos. Quando vocês e os vossos adversários têm grandes stacks num torneio, há dois aspectos vitais a ter em atenção quando entram num pote – os estilo de jogo dos vossos adversários e a textura do flop.

Antes de colocarem algumas fichas no pote, devem identificar o tipo de jogadores que provavelmente estarão nessa mão com vocês. Se estão numa mesas loose onde os vossos adversários estão a jogar um grande variedade de mãos, deverão querer jogar potes pequenos a não ser que tenham a certeza que estão muito à frente ou, preferivelmente, têm “the nuts”.

Digamos que estão numa mão com algo forte como e um jogador que tem estado envolvido em muitos potes faz call ao vosso raise pré-flop. O flop vem , e vocês estão fora de posição. Vocês precisam de ter cuidado com a vossa aposta aqui porque um jogador loose-aggressive vai pôr-vos à prova. Eu recomendo check-calling ou check-raising em vez de colocar uma continuation bet e dar a oportunidade ao vosso adversários de vos fazer raise ou, possivelmente flat call com a intenção de vos tirar para fora da mão numa próxima street por fazer uma aposta grande à qual não podem fazer call, se sai uma carta assustadora no turn ou no river.

Ter posição contra adversários deste tipo torna tudo muito mais fácil em termos de controlar o pote, uma vez que vocês serão capazes de voltar a mesa contra eles e fazer call ou re-raise às apostas iniciais deles. Se eles voltarem over the top, podem facilmente sair da mão e terem perdido relativamente poucas fichas em comparação com aquelas que a mão poderia ter custado.

Quando estão a enfrentar um jogador tight na mesma situação, podem fazer uma continuation bet no flop mesmo que estejam a jogar fora de posição porque eles raramente irão fazer um movimento contra vocês sem terem eles próprios uma grande mão. Se apostam e eles fazem raise, podem estar certos que eles têm algo forte como dois pares, um trio ou um bom draw.

O outro factor a considerar quando apostam é a textura do flop. É uma board suited ou com par? Há draws potenciais a ter em consideração? Mesmo que estejam confiantes que a vossa mão é a melhor mão no flop, estudem a board por alguns segundos antes de actuarem. Pensem sobre que mãos poderão possivelmente bater a vossa, e aí tentem determinar se algum dos vossos adversários poderão ter cartas que lhes dará razões para fazer o call à vossas apostas.

Digamos que têm na mão par de Ases e o flop vem , com flush draw na mesa. Há hipóteses de estarem à frente mas um adversário astuto poderá facilmente colocar-vos numa situação difícil ao fazer check-raise à vossa continuation bet. Se pensam que o vosso adversário ligou com este flop ou poderá ter um grande draw, pensem em manter o pot pequeno ao jogarem passivamente e deixarem-no fazer as apostas por vocês. Se aparecer a sequência ou cor, podem sair da mão barato e esperar por uma melhor posição mais tarde. Se o flop é mais monótono – algo como – podem apostar sem reservas e tentar aumentar o pot o máximo possível.

Estes são conceitos que se tornam mais fáceis com tempo e experiência. Mantenham-se atentos nos vossos adversários e nos flops na próxima vez que jogarem e rapidamente desenvolverão a capacidade para as diferentes situações e, mais importante, para quando apostarem ou fazerem check à vossa mão. Tentem o vosso melhor para controlar o tamanho do pot e terão maior controlo sobre a vossa longevidade nos torneios.

Paul Wasicka joga na Full Tilt Poker