"Ausência do live causou-me bastante desgaste" Manuel Ruivo em entrevista
Manuel Ruivo já é um dos nomes grandes do poker nacional e este ano pode alcançar a imortalidade na história do poker como WSOP Main Event Champion. Neste estranho ano de 2020, e com dor óbvia para o búlgaro do online, as World Series Of Poker apontam-se para coroar um campeão de Main Event, ao vivo e em Las Vegas, mas antes vamo-nos concentrar na tarefa na República Checa. Na próxima terça-feira, Manuel Ruivo abrirá o saco do sonho nacional em busca de não só mais uma bracelete WSOP, mas uma daquelas braceletes WSOP.
Em jeito de preparação, o PokerPT contactou Manuel Ruivo e o detentor do maior prémio português online foi generoso no rápido feedback sobre o momento para a história das WSOP em que o português é protagonista:
- Como tem sido o ano de 2020? O impacto de mais online e zero live?
2020 tem sido um ano muito bizarro, falando exclusivamente do Poker foi um ano sui generis, a ausência do live a mim causou-me bastante desgaste uma vez que o live sempre foi uma forma de "desenjoar" do online e quebrar a rotina do grind.
Acabei a fazer all-in nas Corona Series (1º confinamento), dei "burn-out" e fruto disso acabei a grindar bastante pouco o resto do ano. E toda a gente sabe que live não vem sempre o Ás limpo no river.
- Que achas deste MTT WSOP Main Event híbrido, com dois campeões e uma "super-bracelete"?
Acho que é o Main Event possível, depois de terem feito o 1º Main nas WSOP online já não contava com ele mas entendo que o 1º tenha sido um Main um bocado desvirtuado da essência da "marca" ME WSOP. Não tanto pela questão do buy-in mas mais até pela questão de ter permitido múltiplas entradas por jogador, algo inédito nos 51 anos de história das WSOP. Certo é que este mais vai dar pouco mais de metade do prémio do 1o ME (se somarmos o prémio do heads-up no RIO) mas ainda assim parece-me fazer mais justiça ao que seria esperado. Posto isto acho que ainda assim, a meu ver, 2020 ficará na história como o ano em que não houve um verdadeiro vencedor do ME mas agradeço a oportunidade de disputar o que quer que lhe queiram chamar, e título aparte, não deixa de ser um prémio super apetecível.
- Vais a Rozvadov? Supondo que sim, alguma ansiedade ou expectativa em jogar live após tanto tempo?
Naturalmente que sim, iria nem que fosse de canoa se tivesse que ser! A ansiedade já seria algo naturalíssimo mesmo que tivesse podido jogar live o resto do ano mas neste caso em específico sim, só vai acentuar.
- Conheces algum dos finalistas bem?
Conheço só o Botteon e o Salas, os outros conheci só no torneio mas estive bastante atento às últimas duas mesas e acredito que sei o que esperar deles
- Se correr tudo pelo melhor, vais a Las Vegas no final do ano?
Amava um pouco!
Resta-nos pedir que, ao jeito de André Marques, 2020 volte a levar as nossas cores ao topo do poker mundial!
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