Rafael Martins é o 1º Doutorado do EducaPoker.pt
Rafael Martins torna-se no 1.º jogador a atingir o nível mais elevado do EducaPoker.pt e é o primeiro aluno Doutorado. Terá acesso aos conteúdos mais avançados que estão disponíveis na Internet e estará melhor preparado para enfrentar as mesas que habitualmente joga.
Estivemos à conversa com ele e ficamos a saber a sua opinião sobre os conteúdos, os conceitos e as estratégias EducaPoker.pt.
EducaPoker: Gamarra, qual a primeira impressão com que ficaste do EducaPoker.pt e dos seus conteúdos?
Rafael Martins: A primeira impressão foi bastante positiva. Encontrei um site bastante organizado, repleto de uma variedade e qualidade de conteúdos de assinalar o que me conduziu, de imediato, à ideia de que seria um projecto muito interessante e uma excelente oportunidade para aprender e melhorar. Agradou-me bastante o facto de poder usufruir de informação relativa a tudo o que é conceito de jogo, ajustado aos diferentes níveis e tipos, exemplificando, se o meu interesse for sits tenho lá imensa e boa matéria de sits; se for um jogador de cash game, tem as várias estratégias de cash; etc.
EP: Sei que já leste alguns artigos dos níveis iniciais, o que te parece para quem está a descobrir o poker e a tentar evoluir?
RM: Sim, li alguns artigos que me levaram imediatamente ao pensamento “quem me dera quando comecei a jogar ter tudo isto à disposição”. A verdade é que na altura em que comecei, a grande parte do material disponível que ajudava à evolução dos jogadores era à base da autodidaxia, apesar de já existir algum conteúdo teórico acerca do tema como artigos ou fóruns, não era em nada comparável ao vasto leque de informação que um jogador pode usufruir hoje em dia, e neste sentido o educapoker foi uma iniciativa excepcional.
No que respeita aos artigos e vídeos, de um modo geral, é de salientar que oferecem conteúdos para qualquer jogador que esteja a começar a percepcionar a verdadeira realidade do poker, quer ao nível dos conceitos do jogo (a importância da posição, a matemática inerente ao jogo, a variância, o controlo do tilt, etc.); nas estratégias a adoptar (deep, short, etc.), em termos de materiais de auxílio (em cash ou sits), e de gestão de banca que tem, como é evidente, uma importância vital para que um jogador ganhador o seja a longo prazo. No meu caso, e devido aos muitos erros que cometi em termos de gestão de banca tive de aprendê-lo à minha custa.
EP: Foste o primeiro aluno a atingir o nível Doutorado, que é o nosso nível mais alto e já tiveste acesso aos conteúdos mais avançados. Que artigos gostaste mais até agora? E qual a opinião sobre eles? São demasiado complexos?
RM: Foi com muito agrado que recebi essa notícia e com alguma expectativa que consultei os artigos mais avançados. Ainda só tive oportunidade de ver com atenção alguns deles, pois é complicado interiorizar alguns conceitos que vão surgindo e que são completamente novos para mim. Posso salientar que dos que consultei, despertou-me particular interesse o que aborda os temas do gameflow e da análise avançada de regulares, este último em especial, dado que regulares irão sempre existir e se eu tiver uma vantagem, por mais pequena que seja, sobre alguns deles isso terá muita influência na minha winrate. Ao mesmo tempo, acabei por me aperceber de erros que eu próprio cometo e posso corrigir, já que ao jogar bastante num nível acabo eu também por me tornar num regular desse nível.
No respeitante a outros artigos, como os que tratam as questões de IBC, multistack e SPR, deixaram-me com imensa curiosidade e interesse. São artigos dotados de alguma complexidade, e não tenho dúvidas que se tornarão uma mais-valia para colmatar as muitas falhas do meu jogo e ajudar-me a prosseguir na minha evolução.
EP: Como jogador, quais são os jogos e níveis que regularmente jogas?
RM: Neste momento jogo Nl50 na Unibet e alguns MTTs. Os MTTs acabam por ser uma espécie de segunda opção, pois apesar de ser a variante do jogo que mais aprecio não os jogo tanto quanto gostaria, quer por tempo quer por variância. Estive a jogar duas semanas sits 5max para uma race, mas agora e também devido a essa race acho que não voltarei a jogá-los brevemente.
PE: Sabemos que estiveste envolvido numa race da Unibet sobre Sit's, que conselhos podes dar a quem está a pensar em jogar uma race?
RM: A race ainda não acabou, no entanto não tenciono jogar mais, pelo que já está definida a minha posição (2º).
No que respeita à race, posso afirmar que foi a primeira vez que entrei a sério numa e é algo que não tenciono repetir tão cedo, dado que é algo extremamente desgastante, absorve-nos muito tempo e ainda para mais na variante de sits super turbo e extreme é de uma variância assustadora. Aprendi muito com esta race, decerto que teria feito algumas coisas de modo diferente, mas no geral o saldo é positivo.
O conselho que posso dar a quem esteja a ponderar entrar numa race é que em todos os momentos tenha presente o pensamento “será que compensa?”, já que o muito tempo despendido, os inevitáveis downswings, o facto de se tornar algo aborrecido de tão repetitivo que é e assim tirar o prazer de jogar (que eu considero vital para ser um jogador ganhador) são factores que devem ser ponderados. Claro que varia da duração e do tipo de race, mas em qualquer dos casos, assim que percebamos que não está a resultar e que nos estamos a prejudicar não vale a pena insistir. Por vezes é preferível ficar uns lugares mais abaixo mantendo a confiança no nosso jogo e o gosto de jogar, para além da questão financeira pois pode até tornar-se mais compensatório deixar de ganhar algum dinheiro por ficar numa classificação inferior do que jogar durante mais tempo, ficar 3 lugares acima, mas ao jogar sem vontade e já meio frustrado correr o risco de perder esse valor nas mesas.
EP: Quais os próximos torneios ao vivo que vais jogar? Esperas repetir a final table do Chilipoker Deepstack Open de Vilamoura?
RM: Se tudo correr bem vou jogar o University poker tour ainda este mês no Estoril e depois em Dezembro o Unibet Open em Londres, quanto a mais torneios, ainda está em aberto a possibilidade de ir ao main event do Solverde em Espinho e/ou ao main event do casino Estoril, são em princípio os dois torneios que poderei jogar para além dos dois que já estão confirmados.
Em relação a expectativas de bons resultados, o Chilipoker Deepstack correu muito bem e naturalmente aumentou a minha confiança e expectativa em conseguir bons resultados. Chegar a uma final table em qualquer um dos torneios seria óptimo e é com essa mentalidade que vou jogá-los embora saiba que é muito complicado e o mais certo até será isso não acontecer, por isso é algo que não me preocupa muito, vou lá jogar o meu jogo e tudo o que vier por acréscimo será bem-vindo.
EP: Obrigado pela tua disponibilidade e esperamos que continues a participar nas aulas ao vivo e no forum.