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Sporting - vendas apenas cobrem as despesas

O Sporting já abdicou neste defeso de dois elementos fundamentais na manobra da equipa ao longo de épocas anteriores, mas o encaixe financeiro proveniente da venda de Moutinho e Veloso está longe de ser suficiente para permitir aos leões a agressividade que desejavam demonstrar no mercado de transferências, onde procuram soluções para uma profunda reconstrução do plantel. O problema são os compromissos anteriormente assumidos, que absorvem a maior parte das mais-valias geradas por estas duas transacções.

A saúde dos cofres leoninos não era reconhecidamente a melhor quando, em Janeiro deste ano, o clube avançou para a contratação de Sinama-Pongolle (6,5 milhões de euros para o Atlético de Madrid), João Pereira (três milhões para o Braga) ou Pedro Mendes (um milhão para o Glasgow Rangers), e a SAD não conheceu nenhum encaixe financeiro significativo antes de avançar para as aquisições de Evaldo (mais três milhões para o Braga), Torsiglieri (3,4 milhões para o Vélez Sarsfield) ou Valdés (2,9 milhões pagos à Atalanta). Assim, os 11 milhões provenientes da venda de João Moutinho ao FC Porto - que, na prática, são apenas dez, porque o restante milhão corresponde à aquisição de Nuno André Coelho - e os nove que resultam da transferência de Miguel Veloso para o Génova - que são apenas sete, porque dois serviram para trazer Zapater - não chegam para fazer face aos compromissos anteriormente assumidos, muito menos para atacar o mercado de forma agressiva.

Aliás, é necessário perceber que o conjunto dos dois negócios não concede grande margem no que ao investimento realizado diz respeito.

Tanto quanto O JOGO apurou, apenas uma parte da verba correspondente à venda dos direitos desportivos de Miguel Veloso estará disponível para o reforço do plantel, sendo certo que Paulo Sérgio ainda alimenta expectativas de ver algumas caras novas antes do encerramento do mercado no dia 31 de Agosto.

Três foram "baratos"

Ao contrário do modelo que marcou a gestão anterior, com Filipe Soares Franco e Paulo Bento, a contenção de custos deixou de ser o padrão para o comportamento de mercado dos leões. Para esta temporada, apenas três dos reforços já contratados têm etiqueta de época de saldos: Maniche foi contratado sem custos de transferência, André Santos retornou após um ano de empréstimo, e Diogo Salomão é aposta proveniente do Real Sport Clube, de Massamá.

Braga no topo das aquisições

O Braga tem sido uma importante fonte de jogadores para o Sporting desde que José Eduardo Bettencourt assumiu o comando dos leões. Logo em Janeiro, na reabertura do mercado, a SAD verde e branca apostou na contratação do lateral-direito João Pereira, comprometendo-se a pagar três milhões de euros, tanto como neste defeso prometeu aos minhotos a troco do passe de Evaldo. O encaixe das vendas tornou-se necessário para que fossem cumpridos os prazos e meios de pagamento de um total de seis milhões de euros.

A aposta de Costinha

No contexto da necessidade de reconfigurar o plantel verde e branco, a SAD deixou clara a vontade de adquirir elementos cuja experiência permitisse um impacto imediato na evolução da equipa. Foi com esse objectivo que os leões partiram para um investimento que tem de ser considerado avultado para a idade do atleta em questão. Aos 29 anos, Jaime Valdés trocou a Atalanta pelo Sporting num negócio que envolveu o pagamento de 2,992 milhões de euros.

Trocas pesam na factura

As transacções deste defeso ficam marcadas por dois negócios que envolveram trocas de jogadores, o que é algo invulgar no futebol europeu. A ida de João Moutinho para o FC Porto trouxe Nuno André Coelho para Alvalade (avaliado em um milhão de euros), e a venda de Miguel Veloso ao Génova gerou a chegada de Zapater (dois milhões de euros).

Fonte: OJOGO.pt