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Director da Lock Poker diz que 'gastos exorbitantes da administração' ajudaram ao declínio da sala

O director responsável pelo departamento de Redes Sociais e Marketing de Afiliados, Shane Bridge, deu esta semana uma entrevista onde falou sobre os principais problemas da Lock Poker. Entre esses problemas destacou os gastos exorbitantes.

Os problemas da Lock Poker começaram em 2013 quando começaram a ser conhecidos atrasos prolongados nos levantamentos dos jogadores. Desde então fala-se que a sala estará em falta com cerca de $15 milhões aos seus clientes.

Uma sala que chegou a ter diversos portugueses entre a sua lista de profissionais e que continua a operar, apesar do muito dinheiro que deve.

Porque é que uma sala que cativou muitos jogadores de cash games, com campanhas agressivas de rakeback, não conseguiu cumprir com as suas responsabilidades?

Muita instabilidade, e possivelmente gastos exorbitantes da administração. O marketing agressivo com margem baixa não era sustentável com as constantes mudanças de rede, e os problemas de crescimento da indústria. A repetida apreensão de processadores de pagamentos pelo Governo dos EUA, bem como alguns processadores menos íntegros, num mercado que é pequeno provocaram muitos danos. E uma CEO (Jen Larson na foto) que estava sempre a dizer que todo o dinheiro era investido na empresa, mas vivia um estilo de vida dispendioso que obviamente tinha de ser pago.

Em entrevista ao site Pokerfuse, Shane Bridge exemplificou os gastos da CEO: "as garrafas de vinho de $500 em todas as refeições, garrafas Vintage de Dom Pérignon e gorjetas de loucos". Shane falou ainda das "viagens sempre em primeira classe de Jen Larson e Brendan Young (programador chefe da Lock poker, segundo o próprio Bridge), e estadia em hotéis de 5 estrelas em todo o lado a que fossem".

Quando é que Shane começou a desconfiar que os jogadores jamais veriam o seu dinheiro?

No início de 2013 pensei que a empresa tinha uma última oportunidade de sair do buraco em que se tinha colocado, mas a cada mês que passava sentia cada vez menos possibilidades de isso acontecer, ao ponto de em Junho/Julho de 2013, acreditar que a empresa se tinha apagado por completo.

Em Dezembro não tinha qualquer esperança, mas preferi ficar sossegado mais uns meses, não fosse a Jen sacar um coelho da cartola e arranjar a necessária injecção de dinheiro, para ao menos pagar aos jogadores.

Quanto aos jogadores que na altura eram patrocinados pela sala, Shane iliba-os de responsabilidades:

Não tenho conhecimento de que algum tenha promovido a Lock Poker depois de começarem a sentir desconforto com a situação. Os jogadores que continuaram a promover a Lock ainda acreditavam na capacidade da Jen de recuperar a sala, muitas vezes porque eles próprios tinham contas bem elevadas e esperavam que ela cumprisse as suas obrigações. Todos tinham o seu próprio nível de crença, e quando esse nível começou a desvanecer, despediram-se e deixaram de promover. Os verdadeiros detalhes financeiros eram conhecidos apenas pela Jen, o CTO e provavelmente o gestor de apoio ao cliente que também tratava da Caixa.

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