A preguiça e a motivação analisadas por André Coimbra
O Team PokerStars Pro André Coimbra volta à escrita e desta vez o tema escolhido foi a preguiça. Um "mal" que mais tarde ou mais cedo acaba por afectar todas as pessoas, mas à qual André Coimbra rebate com a motivação, ou falta dela.
Eis o artigo publicado no Blog da PokerStars:
É difícil encontrar um bom equilíbrio entre trabalhar muito e não trabalhar o suficiente. Às vezes trabalho 12 ou mais horas num dia, noutros dias bato-me para trabalhar quatro horas... Dirias que sou preguiçoso nos dias em que me bato para trabalhar quatro horas?
Ou dirias que sou "workaholic" nos dias que trabalho 12 horas?
André Coimbra a descansar
Consideras-te uma pessoa preguiçosa?
Se respondeste "sim" a qualquer uma das questões anteriores, este artigo é para ti!
Se não respondeste "sim"... sugiro na mesma que leias este artigo. Pode alterar a tua perspectiva sobre a preguiça!
Era uma vez...
Vou começar por contar-vos a história da minha própria preguiça...
Na escola costumava conseguir obter resultados relativamente bons sem estudar muito para atingir as notas médias ou, pelo menos, passar às disciplinas. Se fosse uma cadeira onde eu era bom o suficiente para ter um B, então o professor dizia que eu tinha um bom cérebro, mas era preguiçoso e não o usava.
Então, comecei a ver-me a mim mesmo como uma pessoa preguiçosa e a escola era bastante aborrecida, para ser franco. O que eu gostava mesmo era de computadores e jogos!
As coisas começaram a mudar quando tinha 14 anos e fui para a Secundária. A grande diferença era que tinha 3 disciplinas de computadores e adorava mesmo uma delas...
Adorava programação!
De repente, pela primeira vez na minha vida, estava a aprender algo que me fazia sentir criativo! Comecei a querer aprender cada vez mais e as horas que passava a aprender e a praticar não pareciam horas de estudo, de todo, pareciam mais um jogo, no sentido em que eram divertidas.
Alguma vez sentiste isso?
Acredita em mim, não era apenas bom nessa matéria. Era o melhor da minha escola! Depois participei num concurso nacional e terminei em 4.º lugar, o que foi muito bom, considerando que todos os miúdos no Top 3 eram dois anos mais velhos do que eu. O 4.º lugar permitiu-me participar no concurso internacional, na Coreia do Sul, nesse ano, que foi uma experiência fantástica.
Isto já foi há 14 anos e o meu professor de programação continua a falar de mim nas suas aulas!
Deixei de ser preguiçoso nesse momento?
Nesse mesmo ano chumbei nos exames de matemática (achava-a aborrecida), mas no Conselho de Turma os professores votaram que eu devia passar porque tinha boas notas nas outras disciplinas e estava a representar o país numa competição internacional, o que era muito importante para a escola.
Queria ser cada vez melhor em programação, pelo que continuei a estudar e a praticar e o que percebi foi que os meus conhecimentos de matemática (ou a falta deles) começavam a ser um problema, uma vez que muitos problemas envolviam conceitos matemáticos. Então comecei a estudar matemática sozinho (comprei mesmo livros de matemáticaI!) e no ano seguinte tive uma das melhores notas da minha turma.
Até concluir a Secundária nunca mais fui visto como preguiçoso e os professores apontavam-me mesmo como um bom exemplo para os outros alunos.
Terei mudado?
Podia continuar a minha história e mostrar-vos-ia que depois disso houve momentos onde fui considerado preguiçoso, outros em que fui considerado dedicado, mas não vou gastar mais o vosso tempo e sigo directamente para a minha conclusão: Não há pessoas preguiçosas!
Toda a gente que é apelidada de preguiçosa tem apenas falta de motivação para fazer o que as outras pessoas esperam que essa pessoa faça!
Idealmente, se alguém diz que és preguiçoso, devias parar de fazer o que quer que estejas a fazer e ir fazer outra coisa qualquer que te faça sentir criativo e feliz. Isso acabará, regra geral, por te tornar numa pessoa dedicada.
No entanto, isso não é possível a curto prazo uma vez que os adultos têm responsabilidades e outra solução pode ser procurar encontrar uma forma de fazer as coisas de maneira ligeiramente diferente...
No mundo do poker vejo jogadores queimarem-se e cansarem-se de "grindar" sempre a mesma coisa, dia após dia. Se és um desses jogadores, tenta aprender e jogar um formato diferente do que consideres divertido/interessante. Pode resolver o assunto!
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