O poker visto pelo Observador, com André Coimbra, Afonso Ferro e Ricardo 'Insanee' Ribeiro
O Observador é visto como uma lufada de ar fresco no espectro do jornalismo nacional. Um "meio de comunicação digital na origem e na ação" que se destaca pelas análises aos temas mais actuais, e que esta semana publicou um artigo sobre o poker. Artigo esse intitulado "Profissão? Jogador de póquer".
Um artigo assinado por Ana Pimentel e no qual podemos encontrar declarações dos jogadores portugueses: André Acoimbra Coimbra, Afonso 4336idoloscp Ferro e Ricardo Insanee Ribeiro.
"Estudam, jogam e vivem do póquer. São jovens, dizem que sentem o preconceito e que vencer não é uma questão de sorte, mas de probabilidades. E não basta ser bom. Para ganhar, é preciso ser o melhor."
Ao abrirmos o texto, temos a oportunidade de ver como joga/trabalha Acoimbra, Team PokerStars Online. Com 3 monitores e rodeado de tabelas de apoio, coladas pelas paredes mais próximas, Acoimbra relembra o ano de 2013 que dedicou em exclusivo à solidariedade.
Em 2013, Acoimbra limpou a sua conta PokerStars deixando apenas $100 de saldo. Jogando apenas MTT's até final do ano, Acoimbra pretendia chegar aos $100,000, sendo que todo o dinheiro que ganhasse seria doado a uma instituição de solidariedade. Quando deu o desafio por terminado, o jogador português tinha chegado aos quase $70,000, e doou esse dinheiro à APPACDM de Vila Nova de Poiares.
Depois de Acoimbra, é Afonso Ferro a ter a palavra. O Ferro mais novo, irmão de Pedro Ferro, começa por falar da regulamentação que se debate por estes dias no Parlamento:
O problema com a regulamentação é que existe o perigo de o mercado fechar em Portugal e a PokerStars.com passar a PokerStars,pt, como aconteceu em Espanha, Itália e França.
Afonso fala ainda da equipa de jogadores que criou e na qual investe juntamente com outros dois jogadores, a ICM Team composta por 18 jogadores. E como conselho tanto para os jogadores da sua equipa bem como para todos os aspirantes a jogadores de poker, Afonso deixa o alerta:
Estou constantemente a estudar o jogo, revejo todas as mãos que perdi, em que tive dúvidas. Uma pessoa que queira jogar póquer, precisa de muitos anos de trabalho.
O artigo termina com Ricardo Ribeiro, conhecido no nosso fórum por Insanee. Jogador algarvio que se mudou para Lisboa onde tem a companhia da irmã. Em Lisboa, e enquanto frequentava o curso de Gestão no Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa (ISCAL), e depois de não ter conseguido o cargo de professor assistente (ficou em terceiro num concurso para duas vagas), decidiu dedicar-se a tempo inteiro ao poker.
A verdade é que dois dias dias depois tive o meu maior prémio até àquele dia, 12 mil dólares.
Reforçando a necessidade do estudo, "posso estar a jogar nove horas por dia, mas se do outro lado do mundo está alguém a estudar durante 12 horas, o jogo dessa pessoa vai evoluir muito mais do que o meu", Insanee ainda luta contra o estigma do jogo que muitos associam ao poker. Os seus pais "ainda têm dificuldade em aceitar que o filho vive de um jogo que está classificado como sendo de fortuna ou azar. Preferiam que estivesse a trabalhar na área em que se está a formar, mesmo que estivesse a ganhar menos, conta. Ricardo dá-lhes um argumento simples, que não se baseia em probabilidades, ao contrário do póquer: é mais feliz assim."
Podem ler o artigo completo aqui.