Estudo revela que lesão cerebral pode levar pessoas a ficarem 'imunes' ao jogo compulsivo
Antoine Bechara, psicólogo do Instituto do Cérebro e da Criatividade, instituição criada nos Estados Unidos pelos neurocientistas portugueses António e Hanna Damásio, liderou uma equipa internacional num estudo que concluiu que uma possível lesão na ínsula, pode levar os jogadores a ficarem imunes a um comportamento compulsivo.
Os resultados deste estudo foram publicados ontem na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS). O estudo testou um grupo de pessoas, com lesão na ínsula e sem lesão na ínsula. Os jogadores sem lesão na ínsula (pequena estrutura cerebral, escondida nas convoluções do córtex), revelaram um comportamento compulsivo perante exercícios similares à roleta e uma slot machine. i.e. estes acreditavam que estiveram perto de ganhar, e que a vitória iria surgir em breve. Já os jogadores com lesão na ínsula não revelaram estes comportamentos.
O estudo conclui que as "intervenções para reduzir a reactividade da ínsula podem mostrar desenvolvimentos no tratamento da desordem do jogo compulsivo".
O casal António e Hanna Damásio, ambos neurocientistas, são ambos professores na Universidade de Southern California, e em 1992 receberam o Prémio Pessoa.
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