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'O jogo escondido' - o acto de bancar jogadores no Wall Street Journal

Um texto publicado no site do Wall Street Journal, assinado por Alexandra Berzon, chamou-nos a atenção. Texto esse que se debruça sobre o acto de bancar um jogador, e que é apresentado com o título "O Jogo escondido por trás do poker profissional".

Muitas vezes os profissionais com bancas mais abastadas vêm noutros jogadores a capacidade de alcançarem bons resultados, mas a quem falta uma banca mais robusta para participar nos maiores eventos. É nestas alturas que aparece o bancar um jogador.

Alguns profissionais de topo chegam a bancar mais de uma dezena de jogadores, especialmente aquando das World Series of Poker, sendo um dos casos mais conhecidos o de Gus Hansen que nas WSOP de 2012 bancou 18 jogadores para o Main Event.

Segundo o artigo do Wall Street Journal, metade dos 6.600 jogadores que participaram no Main Event de 2013, jogaram bancados.

O Team PokerStars Pro Daniel Negreanu esclarece que o facto de bancar um jogador não afecta as suas decisões quando tem de enfrentar esse mesmo jogador numa mesa:

Jogo contra eles de forma tão dura como jogo contra qualquer outra pessoa que não conheça.

Faraz Jaka diz que "faço-o quase desde que comecei a jogar," pois "diminui a variância". Segundo o mesmo Jaka, alguns dos seus colegas chegam a bancar entre 20 a 50 jogadores, mas ele prefere um grupo mais pequeno de entre 2 a 5 elementos, e que tem um sócio que trata de seguir os resultados dos jogadores e trata também de toda a parte financeira dos acordos. Além do staking, Jaka faz questão de ser uma espécie de tutor dos jogadores que banca, conversando com eles sobre estratégia.

Com tanto dinheiro envolvido, no artigo questionam se não haverá a tentação de ocorrer batota nas mesas, entre jogadores com ligações monetárias:

"É uma daquelas coisas que pode criar um conflito de interesses, mas na verdade não é. Há regras contra isso, e os outros jogadores na mesa diriam alguma coisa," explica o agente de jogadores Brian Balsbaugh.

Seth Palansky, porta-voz das WSOP, também foi escutado sobre esta matéria, mais especificamente se as World Series tinham alguma forma de controlar estes acordos:

Não queremos estar envolvidos nestes assuntos. As cartas darão todas as respostas. A forma como eles jogam.

Já o presidente da Comissão de Jogo do Nevada, A.G. Burnett diz que "estão atentos", mas que "não temos qualquer regulamentação sobre o assunto".

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