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Espanhol despedido do Banco de Espanha por participar em torneios enquanto estava de baixa

O jogador espanhol Javier de Zárate, conhecido entre a comunidade espanhola por El Tirantes (suspensórios), foi despedido do seu emprego no Banco de Espanha por segundo os administradores, ter incurrido em 3 faltas muito graves, entre as quais participar em torneios ao vivo, estando de baixa.

Javier não aceitou os argumentos do Banco, e apresentou queixa no Tribunal tendo sido ontem ouvido no Tribunal de Alicante. Segundo o jogador o Banco contratou um detective que o seguiu durante 2 meses, o período que esteve de baixa, detective esse que terá custado €100.000. O banco nega que tenha contratado o detective por 3 meses, mas apenas por 3 dias.

Os argumentos do banco que levaram ao despedimento de Javier foram:

  • Realizar actividades físicas incompatíveis com a sua situação de baixa laboral
  • Gastos desmesurados de parte do salário em jogos de azar
  • e ser administrador de uma assessoria.

O banco acusou ainda Javier de não ter cuidado do bom nome do Banco de Espanha, o que é considerado como uma falta grave.

Javier começou a trabalhar no Banco de Espanha em 2011, e a 2 de Agosto de 2012 meteu baixa por uma lesão no joelho. O Banco ao saber que Javier tinha viajado até Bilbao para jogar um torneio de poker, durante o período de baixa, contratou um advogado para seguir Javier, e este obteve imagens de Javier a jogar outro torneio, desta vez em Barcelona (entre 14 e 18 de Agosto).

Já o jogador queixa-se de perseguição, explicando que a sua baixa médica não obrigava a repouso absoluto, e que passou a maior parte do tempo sentado e que ao andar tinha o auxílio de uma muleta. A baixa médica de Javier, foi de 2 a 24 de Agosto, e não houve necessidade de a prolongar. Javier disse ainda em Tribunal que os torneios foram jogados ao fim de semana, portanto fora do horário laboral.

O advogado de Javier diz que o seu cliente está a ser alvo de perseguição por causa de no passado ter sido sindicalista, e que o banco incorre num crime de intromissão ao direito da intimidade, ao contratar um detective para obter imagens de Javier dentro de um casino, o que é proibido por lei.

Em declarações ao site Poker10.com, Javier fez um resumo do que se passou na audiência:

O Banco de Espanha disse através do seu advogado que era uma desonra para a entidade o facto de eu jogar. No ponto em que dizem que estou a desprestigiar o Banco de Espanha, baseiam-se no simples facto de eu ser jogador de poker e que por isso estou a desprestigiar o Banco de Espanha. Acho que o poker tem muito em jogo. Se, por jogar poker, não posso entrar num local onde estão milhões de euros, porque segundo eles sou um jogador compulsivo e por isso um ladrão em potência, é óbvio que o tema é muito grave.

De acordo com o Regulamento de Trabalho do Banco de Espanha, os seus funcionários estão proibidos de jogar poker nos casinos, e Javier afirma que isso é anticonstitucional. Resta a Javier esperar pela leitura da sentença, que foi adiada.

*foto Poker10

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