Partouche envolvida em novo escândalo
A sala Partouche vê o seu nome de novo associado a um escândalo. Depois da batota no Main Event do Partouche Poker Tour de 2009, agora é o jornal digital de investigação - Mediapart - a dizer que a ARJEL está a investigar a Partouche sobre irregularidades na atribuição de bónus a familiares de directores da empresa.
O artigo do site Mediapart está disponível apenas por subscrição, mas entretanto já foi publicado na totalidade tanto no 2+2 (traduzido para inglês) como no fórum do site francês Club Poker.
De acordo com documentos obtidos pela investigação Mediapart (site criado por um ex-director do reputado Le Monde), a autoridade de jogo francesa (ARJEL) abriu uma investigação no final de 2012 sobre 40 contas do site partouche.fr, contas na sua maioria criadas por familiares de directores e funcionários da sala.
O artigo dá como exemplo a conta de Yohan Zenou (familiar de Katy Zenou, que faz parte da direcção do Grupo Partouche e é administradora da Partouche Gaming France), registado com o nick yozenou. Yohan depositou €175 em Abril de 2011. Após abrir a sua conta Yohan jogou muitas vezes de borla, pois além de comprar o buy-in dos torneios, recebeu da empresa muitos tickets para torneios, num total de €36.000. Yohan levantou ainda €27.500 para a sua conta bancária. Contactado pela Mediapart, Yohan não quis falar do assunto.
Se Yohan não cometeu qualquer ilegalidade, da empresa Partouche Gaming France não se pode dizer o mesmo. A Arjel e as autoridades que vigiam o jogo online de Paris estão a investigar 40 contas, criadas por familiares ou até funcionários do grupo sob pseudónimos.
Desconfia a Arjel que houve violação da lei de jogo de 2010, que proíbe os responsáveis de sites de jogo online de fazerem apostas no seu próprio site, e de também terem beneficiado de recompensas indevidas (bónus depositados directamente na conta de jogador, na forma de tickets para torneios com valores de centenas de euros).
Ainda de acordo com o artigo, as autoridades estarão ainda mais "irritadas" quando uma auditoria de segurança, destinada a verificar que a sala partouche.fr respeitava todas as suas obrigações técnicas no que diz respeito ao registo de todos os movimentos da sala (condição sine qua non para a Arjel conseguir fazer a auditoria), ter verificado "várias insuficiências. A 20 de Dezembro a Arjel emitiu uma notificação à Partouche Gaming France, dando um prazo de 3 meses para colocar tudo de acordo com a lei."
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