Manuel Lao, presidente da CIRSA, fala sobre a tributação em Espanha
Manuel Lao, presidente e fundador de uma das empresas mais importantes do sector do jogo e das apostas de Espanha, a CIRSA, deu uma entrevista acerca da tributação em Espanha, um dos temas mais actuais e que temos acompanhado com interesse.
A sua opinião é muito valorizada dada a sua experiência na indústria e, acerca da tributação, Lao tem uma opinião tão simples como a seguinte:
Não deve haver diferenças entre jogar online ou num casino ou bingo. A imposição fiscal do jogo é suportada pelos operadores e todos os prémios obtidos deveriam estar isentos de IRPF ou qualquer outro imposto.
O presidente da CIRSA também tem uma opinião muito mais simples do que é a realidade sobre a colaboração entre o DGJO e as CC.AA, que não têm feito mais que passar a batata quente uns aos outros:
"Gostavamos que houvesse uma verdadeira colaboração entre a Administração do Estado e das Comunidades Autónomas e que se concentrassen juntos em ajudar o sector do jogo na sua globalidade, em vez de se dedicarem a discutir se este ou aquele artigo ou disposição invadem ou não as suas competências."
De passagem, Lao também mete o dedo na ferida quando se pergunta pela posição previligiada atribuida à SELAE (Loterias y Apuestas del Estado) e a Once.
"Que a SELAE y ONce continuem a ocupar os seus respectivos espaços e se querem cooperar connosco em novas aventuras, vamos ouvi-los com atenção; mas que a SELAE tenha conseguido uma licença para "OUTROS JOGOS" (casino, bingo...) e não tenha assinado o Código Ético de Publicidade - já que vai continuar a usar menores nos seus anúncios - parece-me verdadeiramente escandaloso."
Para terminar esta revisão sobre a situação actual do sector do jogo, é quase obrigatório que Manuel Lao desse a sua opinião sobre o EuroVegas:
"Acho bem que um governo - nacional ou regional . dê certas facilidades a quem está disposto a fazer uma forte aposta a longo prazo e criar milhares de postos de trabalho.Agora quem já tem vindo a contribuir em Espanha para a criação de riqueza e postos de trabalho há muitos anos, não pode ser marginalizado. Qualquer melhoria na regulamentação que se possa fazer para facilitar o caminho a Shledon Adelson deve também ser aplicada a todo o sector: fiscalidade, tabaco, flexibilidade..."