Protesto contra PokerStars avançou mesmo e a sala expulsou os protestantes das mesas
Aqui está uma luta que promete durar entre alguns jogadores mais regulares da PokerStars e a administração da sala. Tudo começou a semana passada, quando no fórum do 2+2 o porta-voz da sala anunciou alterações no sistema de rake e de VPP's da PokerStars.
Uma onda de protestos levantou-se de imediato e dezenas de jogadores prometeram que a partir do dia 1 de Janeiro, e como forma de protesto, abririam 24 mesas de cash games e ficariam sitout.
A PokerStars, através do PokerStars Steve, ainda voltou atrás com as alterações respeitantes ao cálculo de rake de cada mão, mas desde logo avisou que manteria as alterações previstas para o sistema de recolha de VPP's.
Um novo sistema que prejudica os jogadores mais regulares, que com várias mesas abertas conseguiam pelo menos 20% mais dos VPP's dos que são agora atribuídos ao mesmo volume de jogo.
Perante os protestos continuados dos jogadores, a sala ofereceu-se para marcar uma reunião com representantes destes jogadores nos seus escritórios na Ilha de Man.
Num comunicado (resposta a vários users) recente do PokerStars Steve no 2+2 é possível ler-se o seguinte:
"Quanto beneficia a PokerStars com este novo sistema?
É difícil dizer com certeza, mas calculamos que entre 1,5% a 2% do rake todas das mesas de cash. É nossa intenção utilizar este dinheiro para reduzir o rake e investir em marketing e outras iniciativas que tragam mais jogadores recreacionais para a sala.
Porque não compensa os regulares pelas perdas que vão ter com a "weighted contributed"?
Esperamos fazer alterações no rake que irão beneficiar a maioria dos jogadores. Entendemos que algum "grinder" que beneficiava das vantagens do sistema "dealt" com o seu jogo mais conservador, ficará a perder com esta alteração. Mas como acontece com qualquer alteração no poker, esperamos que os jogadores se adaptem e tenham sucesso.
Porque é que a PokerStars não pode aumentar os benefícios dos jogadores em vez de os reduzir?
O ano passado o mercado global de poker sofreu um rombo. Perdemos o nosso maior mercado, EUA. A França e a Itália segregaram os seus mercados e aplicaram impostos altíssimos. Existem ainda vários países, com a Bélgica, Estónia, Dinamarca e temporariamente a Espanha, que preferiram partilhar o domínio .com, aplicando taxas aos ganhos dos seus jogadores. Esperamos que a Alemanha se junte a estes no futuro. Mais países devem aplicar impostos aos seus mercados até ao final do ano.
A regulação e licenciamento nestes mercados tráz benefícios. Muitos jogadores novos começam a jogar. Contudo, as despesas recorrentes de suportar tantas salas de poker separadas aumentam. Ainda mais importante, os impostos nos mercados maiores vai de 20% a 35% do rake. Qualquer negócio teria de fazer ajustes, ao defrontar-se com um novo custo como este, e a PokerStars não é diferente.
Qual é a opinião da PokerStars sobre a greve?
É legítimo que uma empresa faça alterações aos seus preços e modelo de negócio. E é perfeitamente legítimo que os seus clientes que não ficam satisfeitos, protestem.
Contudo não nos parece que a greve planeada seja construtiva, e foi anunciada cedo de mais. Uma greve nesta altura não nos levará a fazer alterações; o diálogo que oferecemos será muito mais construtivo.
Achamos também que não é justificada e que a raiva que motivou muitos dos grevistas foi dura demais. A PokerStars tem neste momento e na generalidade, o rake mais baixo no poker (incluindo o agora famoso $2 cap para mesas 5-handed; quando todos os outros sites têm $3 ou mais) e os maiores benefícios para os seus jogadores, benefícios disponíveis para todos os jogadores, não importando como abriu a sua conta.
Apesar de apreciar-mos a necessidade das pessoas expressarem as suas opiniões, não pensamos que o software de jogo é o melhor local para o fazer. A greve viola os Termos e Condições, como nosso cliente o jogador está já para jogar e não para outras actividades, como indicam as nossas regras de sit out nas mesas de cash games. Os jogadores têm o direito de deixarem de jogar na nossa sala se estão insatisfeitos, e/ou podem expressar as suas opiniões em fóruns ou através de email, mas fazer greve usando os nossos serviços é pisar a linha.
Não decidimos que acção podemos tomar como resposta à greve, se tomarmos alguma, mas reservamo-nos o direito de responder a interferências ao nosso negócio. Podemos tomar medidas, não necessariamente punitivas, para minimizar esta interferência. O que não iremos tolerar é qualquer incitamento ao sit out através do nosso chat, e nesses casos podemos tomar medidas adicionais."
Estas declarações foram escritas na manhã de 1 de Janeiro, antes de muitos dos grevistas acordarem sequer. Quanto estes avançaram com o que tinham prometido, fazer sitout em diversas mesas de cash games, a PokerStars expulsou os jogadores das respectivas mesas e enviou um email para os mesmos indicando que como sanção agora só poderiam abrir uma mesa de cash de cada vez.
Agora diz-se que esta sanção pode durar uma semana. Esperemos para ver o que vai sair da reunião proposta pela PokerStars.