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"Agora que banimos os HUDs, a PokerStars poderá também fazê-lo" - Rob Yong

Rob Yong HUD

PokerStars

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É o início de uma nova era no poker. É assim que Rob Yong e Tom Waters olham para as novas alterações implementadas no site e que estão a dar que falar no mundo do poker online.

Tal como avançamos, a partypoker procedeu à alteração de nicknames na sala no dia 17 deste mês. Esta foi uma das medidas implementadas pela sala para proibir a utilização de HUDs e outros programas de terceiros na sua plataforma. O facto de o histórico de mãos não se encontrar disponível para download fez muitos profissionais viessem a público mostrar o seu descontentamento com as alterações na sala de poker online.

Entre várias outras medidas já conhecidas, como a subida do buy-in mínimo nas mesas de cash ou a utilização de nomes verdadeiros nas mesas de high stakes, e que serão colocadas em prática no futuro próximo, Rob Yong e Tom Waters, director da partypoker, falaram recentemente sobre o assunto do momento no podcast especial do Pokerfuse.

Durante mais de uma hora, os dois responsáveis pela sala do diamante laranja mostraram a sua satisfação por "alterarem as regras do jogo" no que diz respeito ao poker online.

Após ser explicado o papel de consultor de Rob Yong na empresa, onde ficámos com a impressão que talvez tenha mais poderes e talvez participação do que se pensava, Tom Waters justifica a decisão de banir os HUDs na plataforma:

"Não tenho problema nenhum com um HUD básico que alguém use para aprender e desenvolver o seu jogo. Infelizmente, o problema é que o histórico de mãos que são usadas nestes HUDs não servem apenas para ferramentas e softwares básicos, servem para alimentar bots, ferramentas e gráficos sofisticados e são também utilizadas em grandes bases de dados em que organizações extraem dados da comunidade de poker.

Quero com isto dizer que posso receber dados de um jogador contra quem nunca joguei e fazer decisões baseadas no que o HUD me indica. Isso dá-me muita vantagem sobre alguns jogadores."

Waters explica ainda que o histórico de mãos não foi retirado da plataforma, "apenas o histórico de mãos para download", onde os jogadores podem "rever as suas mãos nos 90 dias anteriores". Assim, os jogadores podem consultar as suas mãos no hand replayer e estudar. Ficámos também a saber que existem planos de melhorar o MyGame, ferramenta de aprendizagem que já está disponível na sala. E que é por pensarem que podem disponibilizar informações sobre o modo de jogar dos jogadores na ferramenta que não permitem que o histórico de mãos seja descarregado mais tarde.

Já Rob Yong, ao seu estilo, vai mais longe nas explicações:

Para mim, é certo que os HUDs deixarão de estar disponíveis no poker dentro de 3 ou 4 anos. Porque deveremos reverter esta política? A PokerStars estava ansiosa por tomar esta medida há alguns anos, mas tinham medo de mudar e que os jogadores saíssem para a partypoker. Agora que a partypoker fez esta alteração, a PokerStars não irá perder jogadores porque existe a mesma política em ambas as salas.

Ainda sobre o histórico de mãos e possibilidade de se usar um software diferente para extrair as mãos através de uma leitura visual das mesas, Tom Waters garantiu que viram vários softwares de leitura de ecrã e que nenhum funcionava. O que "não quer dizer que no futuro não possa vir a existir", mas que "é bastante difícil uma vez que existe um limite de dados que podem recolher do ecrã".

Tom Waters também disse que já tentaram usar nomes anónimos nas mesas, mas que falharam porque os jogadores utilizaram conversores e descobriram os nomes reais dos jogadores. Além disso, querem ser transparentes e querem que os jogadores saibam contra quem estão a jogar.

Bots na partypoker, contribuição dos jogadores e possível blacklist

Os recentes relatórios da sala acerca de contas de bots banidas também foram alvo da conversa. Tom Waters mostrou-se confiante na sua equipa de segurança liderada por um ex-jogador de poker profissional finlandês, chamado de Juha. Onde garante que 90, 95% das vezes que um jogador denunciava alguém na sala por comportamentos suspeitos, a equipa de segurança já tinha esse jogador referenciado e que muitas vezes não actuam de imediato para descobrirem e apanharem mais contas de bots na rede.

"O número de bots que apanhamos todos os meses está a descer porque eles estão a desistir de operar na sala. São apanhados muito rapidamente."

Uma vez mais, Rob Yong consegue ter um das suas saídas em que no mesmo parágrafo consegue dizer que o Tom Waters fala muito mais abertamente do que ele sobre a segurança e que por ele não dizia nada sobre o assunto, mas confidência que tem "espiões" em "grupos de batota" e que paga a essas pessoas.

Mais para a frente, o dono do Dusk Till Dawn, vai mais longe e sugere que as salas se unam e façam uma espécie de blacklist para os jogadores online que forem apanhados a fazer algum género de batota nas mesas. Yong lança mesmo o nome da agência #Fairplay e convida todos os casinos ao vivo, circuitos mundiais e salas de poker online a tornarem-se membros desta organização e que partilhem este tipo de dados. Uma ideia boa mas que pode cair no vazio devido às leis de protecção de dados impostas na União Europeia.

Nicknames, nomes reais, mudanças no futuro próximo

Rob Yong falou ainda das medidas a serem implementadas na partypoker. O já anunciado uso de nomes reias nas partidas de high stakes será uma dessas medidas, onde ainda acrescentou o run it twice nos jogos, reconhecimento facial dos jogadores na sala, onde serão indicados os jogadores que foram ou não reconhecidos pelo sistema de modo a que os adversários possam optar se querem jogar numa mesa sem jogadores devidamente identificados.

Tom Waters partypoker

O chat nas mesas também poderá a vir a ser feito pelos microfones em vez de ser escrito, e serão adicionados jogos como o five card PLO e 8-game. Os jogadores poderão também seleccionar um botão a avisar que vão sair da mesa em breve para que os adversários tomem conhecimento da sua decisão.

Sobre os planos para o futuro, foi ainda falado da possibilidade da partypoker regressar aos Estados Unidos, mas que para já não está nos planos da sala. No entanto a GVC está a trabalhar activamente no país através das apostas desportivas para agarrar a oportunidade deste mercado. Tom Waters confessa ainda que o Wire Act está a resfriar o momento para o poker online e que só quando os grandes estados como a Califórnia, Nova Iorque, New Jersey, Pensilvânia e Texas passarem as suas leis e se juntarem é que a liquidez partilhada no poker pode funcionar devidamente.