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Filmes de Poker: The Sting (1973) de George Roy Hill

É um Poker movie, é um “con” movie. É um Ocean’s Eleven feito na década de 70, passado nos anos 30. E Poker? Rigged…

Johnny Hooker é um con man, um vigarista da época que vivia à custa de pequenos golpes que nem sempre resultaram numas boas quantias. Tudo o que ele sabe foi ensinado por Luther Coleman, um respeitado membro desse Mundo.

Tudo começa com um pequeno golpe, enganar um transeunte, mas o golpe traduz-se num ganho de 11 mil dólares. Uma pequena fortuna em 1936. A palavra espalha-se pelas ruas e Johnny e Luther ficam com a cabeça a prémio. Johnny consegue-se safar mas Luther, que já estava velho e prestes a deixar o Mundo dos golpes, é violentamente assassinado. Enraivecido pela morte de Luther, Johnny decide vingar-se e aplicar o derradeiro golpe a Doyle Lonnegan, o homem que ordenou a morte de Luther.

Johnny encontra-se com Henry Gondoff, um outro grande “artista” na arte de enganar. Com a morte de Luther sempre em mente estabelecem um plano de vingança. E esta serve-se fria…

Este plano começa numa sessão de draw Poker, com 100$ de stake miníma. E é bom de ver. É bom de ver quem é o maior cheater!

Para não dizer como acaba o filme, devo dizer que está coberto de plot twists que agarram qualquer um ao écran. Um verdadeiro Oceans Eleven, sem o entretenimento de Las Vegas mas com o glamour da era Cotton Club e tudo que advinha daí… Máfia, gangsters, etc…

O elenco é demasiadamente bom para não se falar. Uma dupla, ou melhor, um trio de sucesso que deixou marcas na história de cinema. O realizador George Roy Hill, Robert Redford e Paul Newman foram os responsáveis pelo grande blockbuster de 1969 “Butch Cassidy and The Sundabce Kid”. Em equipa que ganha não se mexe e estes três fizeram com que “The Stingrendesse, nas bilheteiras, uns módicos 100 milhões de dólares, em 1973!!!

Paul Newman e Robert Redford transpiram carisma. Uma dupla que dificilmente será superada. Encararam as personagens como se não houvesse amanhã, as expressões de ambos são de uma sintonia acima da média e a escolha não podia ter sido melhor. Mas a produção teve as suas dificuldades… Por exemplo, Robert Redford não queria fazer o filme pois achava que ia ser um fracasso. Depois Jack Nicholson recusou o papel e Robert Redford decidiu aceitar.

Robert Redford desvalorizou de tal forma a sua participação no filme que a primeira vez que o viu foi em 2004!

A banda sonora assenta no ragtime de Scott Joplin, um dos maiores gurus do estilo. Um tipo de música que associamos à Grande Depressão e à década de 30. Joplin escreveu alguns temas para o filme, temas que se tornaram intemporais. Esta escolha acrescenta, ao filme, um ritmo perfeito pois dá-lhe uma certa ironia na combinação de som e imagem.

Para deixar água na boca, deixo aqui uma das melhores frases do filme:
Floyd: Doyle, I KNOW I gave him four THREES. He had to make a SWITCH. We can’t let him get away with that!
Doyle Lonnegan: What was I supposed to do - call him for cheating better than me, in front of the others?

Por Ricardo “Cacopt” Pinto